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PCP considera que “Operação Marquês” tem-se “arrastado” no tempo de forma “inaceitável”

Os comunistas reconhecem a “inequívoca complexidade e dimensão” do processo que tem o antigo primeiro-ministro José Sócrates como principal arguido, mas defendem que o processo deve “seguir, tão rápido quanto possível” para julgamento.
  • Flickr/Festa do Avante
11 Abril 2021, 12h17

O Partido Comunista Português (PCP) afirmou este domingo que a “Operação Marquês” tem-se “arrastado” no tempo de forma “inaceitável”. Os comunistas reconhecem a “inequívoca complexidade e dimensão” do processo que tem o antigo primeiro-ministro José Sócrates como principal arguido, mas defendem que o processo deve “seguir, tão rápido quanto possível” para julgamento.

“Este caso judicial, pese embora a sua inequívoca complexidade e dimensão, tem-se arrastado no tempo de forma que é inaceitável aos olhos do cidadão comum”, indica o partido liderado por Jerónimo de Sousa, num comunicado enviado às redações, sobre a “Operação Marquês”, cuja decisão instrutória foi conhecida esta sexta-feira.

A decisão instrutória lida pelo juiz Ivo Rosa determinou a ida de José Sócrates a julgamento por crimes de três crimes de branqueamento de capitais e outros três crimes de falsificação de documentos (deixando cair acusações de corrupção passiva e fraude fiscal), seis anos após a detenção no aeroporto de Lisboa.

Os comunistas sublinham, no entanto, que a decisão agora conhecida “não é definitiva” e que o processo judicial “está longe do seu fim”, tendo em conta que o Ministério Público já anunciou que irá recorrer da decisão instrutória. “Esta fase processual não é ainda o julgamento, para onde todo o processo deve seguir, tão rápido quanto possível”, entende o PCP.

Ao fim de três horas da leitura da decisão instrutória da “Operação Marquês”, o juiz Ivo Rosa concluiu que, dos quase 200 crimes imputados aos arguidos, apenas 17 vão seguir para julgamento, e nenhuma das acusações de corrupção será julgada.

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