O Partido Comunista (PCP) considera que a providência cautelar para impedir a realização da Festa do Avante é “desprovida de qualquer fundamento”. Os comunistas defendem que a providência cautelar faz parte da “campanha reacionária” contra a festa comunista e apelam à participação de todos no evento para “dar resposta à operação antidemocrática contra a liberdade, a cultura e os direitos dos trabalhadores e do povo”.
“A providência cautelar agora divulgada é desprovida de qualquer fundamento só justificável pelo que visa de animação artificial da campanha reacionária contra a Festa do Avante”, indica o gabinete de imprensa do PCP, num comunicado enviado às redações, em reação à providência cautelar noticiada pelo jornal Observador que foi entregue esta segunda-feira no tribunal do Seixal por Carlos Valente, empresário que fornece equipamento para festivais e discotecas.
Os comunistas reiteram que a argumentação de que os festivais estão proibidos “é absolutamente falsa” e que a demonstrar isso estão “os inúmeros eventos que se estão a realizar por todo o país”. Isto porque, a lei que proíbe a realização os festivais até ao final de setembro, devido à pandemia da Covid-19, abre uma exceção para festivais ou espetáculos de “iniciativa política, religiosa e social”.
“A operação para impedir a Festa do Avante foi derrotada. Impõe-se agora que cada um dos que não prescindem do exercício de direitos políticos e liberdades, faça da sua presença numa Festa onde estão garantidas condições de segurança e tranquilidade, a resposta a essa operação antidemocrática contra a liberdade, a cultura e os direitos dos trabalhadores e do povo”, sublinha o partido liderado por Jerónimo de Sousa.
A Festa do Avante tem data marcada para os dias 4, 5 e 6 de setembro, na Quinta da Atalaia, no concelho do Seixal, e vai contar com medidas de segurança sanitárias apertadas. Este ano, a Festa do Avante, que marca anualmente a rentrée do PCP, terá uma área disponível de 30 mil metros quadrados (mais dez mil do que na edição anterior) e vai contar com uma lotação limitada a 33 mil pessoas por dia.
A Direção Geral de Saúde (DGS) tem uma equipa própria que está a analisar o conjunto de medidas de prevenção e segurança propostas pela comissão organizadora da Festa do Avante espera ter “resultados em breve”.
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