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PCP questiona “recusa” de Bruxelas em negociar a compra conjunta da vacina russa

O eurodeputado comunista João Ferreira considera “inexplicável” a recusa de Bruxelas em negociar a compra conjunta da Sputnik V e nota que há vários Estados-membros que, perante as “falhas” na estratégia de vacinação europeia, estão a negociar a compra da vacina de forma bilateral.
8 Abril 2021, 20h48

O Partido Comunista Português (PCP) por que é que a Comissão Europeia não está a negociar a compra da vacina russa, Sputnik V. O eurodeputado João Ferreira considera “inexplicável” a recusa de Bruxelas em negociar a compra conjunta da Sputnik V e nota que há vários Estados-membros que, perante as “falhas” na estratégia de vacinação europeia, estão a negociar a compra da vacina de forma bilateral.

Numa pergunta enviada à Comissão Europeia, João Ferreira indica que a Comissão Europeia “afirmou não ter qualquer intenção” de assinar um contrato preliminar para a aquisição da vacina russa. Segundo o eurodeputado do PCP, essa decisão bloqueia “uma possibilidade de negociação e compra conjunta da mesma, que beneficiaria o conjunto dos Estados-Membros” e acelerar o ritmo de vacinação.

Perante esta “recusa”, João Ferreira dá conta de que o ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, veio esta quinta-feira anunciar que a Alemanha vai negociar a compra da vacina Sputnik V, de forma bilateral, juntando-se assim a outros Estados-membros que “decidiram avançar para a diversificação da compra de vacinas, para acelerar o ritmo de vacinação e garantir, mais rapidamente, maiores níveis de proteção das respetivas populações”.

“Esta decisão da Comissão Europeia é tanto mais inexplicável quanto a vacinação continua a progredir a um ritmo inferior ao anunciado aquando do arranque do processo, fruto de sucessivos incumprimentos por parte das multinacionais com as quais foi negociada a compra de vacinas e dos problemas mais recentes surgidos com a vacina da AstraZeneca”, defende João Ferreira, na pergunta enviada à Comissão.

O eurodeputado do PCP quer, por isso, saber “quanto tempo demorou a Agência Europeia do Medicamento a fazer a avaliação de cada uma das vacinas já aprovadas e quando se espera que esteja concluído o processo de avaliação da Sputnik V”. Questiona ainda se houve, de facto, uma recusa em negociar a compra conjunta da vacina russa e qual a justificação para essa decisão.

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