O líder do PCP, Paulo Raimundo, anunciou, este sábado, que vai avançar com uma moção de censura ao Governo, liderado por Luís Montenegro, depois dos esclarecimentos dados pelo governante, este sábado, numa comunicação ao país. O primeiro-ministro admitiu também este sábado poder vir a apresentar uma moção de confiança, na Assembleia da República, ao seu Governo.
Este sábado Luís Montenegro disse que tudo ficou esclarecido relativamente ao seu envolvimento na empresa familiar Spinumviva, durante o debate da moção de censura, que decorreu a 21 de fevereiro, no Parlamento.
“O parlamento reprovou uma moção de censura, há uma semana, sobre a minha vida patrimonial e prestei todos os esclarecimentos devidos. Decidi partilhar a minha estratégia patrimonial e familiar dos últimos 15 anos”, disse o primeiro-ministro. O governante disse ainda que sobre a empresa que criou revelou os seus clientes e faturação e o trabalho que prestou.
“Para alguns os esclarecimentos não foram suficientes. Nunca serão suficientes”, disse Montenegro.
“Está tudo nas minhas declarações de interesses. Fui eu que criei com os meus filhos esta estrutura. Não pratiquei nenhum crime nem cometi nenhuma falha técnica”, afirmou Montenegro sobre a sua situação familiar e empresarial.
“Se o sistema político não aceita nem controla a conciliação entre a vida familiar e a vida política nós vamos ter políticos sem passado e ter políticos sem futuro profissional. Nunca cedi a nenhum interesse particular face ao interesse público e geral. E assim vai continuar a ser. Se houver conflito de interesses não vou participar nas respetivas decisões”, disse Montenegro.
Montenegro destacou o bom momento que Portugal atravessa e alertou que a crise política “deve ser evitada” mas “poderá ser inevitável”.
O primeiro-ministro disse “não resta nenhuma dúvida que está em exclusividade total” no Governo, e salientou que tem assegurado com os membros do governo a “estabilidade”, e mostrou-se “disponível para um escrutínio saudável e democrático”
Contudo o governante disse que “não estará a qualquer custo” e afirmou que a “questão política tem de ser clarificada”, e admitiu poder apresentar no Parlamento uma moção de confiança.
Montenegro disse ainda que a empresa familiar “vai ser totalmente gerida pelos meus filhos” e “mudará a sua sede”
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