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Pedro Nuno Santos: “Privatização da ANA foi um negócio ruinoso”

Em entrevista “Expresso”, divulgada na edição deste sábado, Pedro Nuno Santos admite ainda que preferia um acordo escrito à esquerda. Mas a verdade é que a intenção do Governo é continuar a trabalhar com estes partidos e privilegiar a relação com eles”, explicou.
  • Cristina Bernardo
18 Janeiro 2020, 09h40

O ministro das Infraestruturas e da Habitação afirma, em entrevista ao “Expresso”, que o Governo pretende que a ANA – Aeroportos de Portugal pague um valor superior ao que estava inicialmente previsto pelas acessibilidades ao aeroporto do Montijo, e aponta o dedo ao negócio privatização da autoridade dos aeroportos.

Questionado sobre se o Executivo só abdicará do Montijo se a Agência Portuguesa do Ambiente não der um parecer final positivo, Pedro Nuno Santos respondeu que “chegámos a um ponto em que a missão que temos de cumprir é finalmente ter um aeroporto”.

“Não temos o direito de voltar a ponderar localizações para um novo aeroporto na região de Lisboa depois de o país estar à espera de uma decisão há 50 anos. Temos 17 localizações estudadas no ministério”, esclareceu.

Na mesma entrevista ao semanário, divulgada na edição deste sábado, Pedro Nuno Santos admite que preferia um acordo escrito à esquerda, de forma a tornar tudo mais previsível.

“Teria preferido um acordo escrito com o Bloco de Esquerda, PCP e Verdes, como tivemos em 2015. Mas a verdade é que a intenção do Governo é continuar a trabalhar com estes partidos e privilegiar a relação com eles”, explicou.

Ainda que não elogie o excedente previsto no Orçamento do Estado para 2020, o governante garante ter uma “lealdade inabalável” para com o primeiro-ministro, António Costa.

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