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Pedro Nuno Santos sobre saída de Frasquilho: “quisemos iniciar esta nova fase com uma nova equipa”

Depois de Miguel Frasquilho ter confirmado a saída da TAP, Pedro Nuno Santos frisa que a decisão não foi motivada por uma “quebra de confiança”, mas sim, na necessidade da TAP avançar para uma nova fase com uma nova equipa.
9 Junho 2021, 16h34

O ministério dos Transportes e das Infraestruturas frisou que a saída de Miguel Frasquilho do Conselho de Administração da TAP traduz-se numa nova fase da empresa, descartando rumores de que a saída foi motivada por uma “perda de confiança”.

Em declarações ao jornalistas, esta quarta-feira, em Arruda dos Vinhos, Pedro Nuno Santos afirmou: “o Governo português está muito  agradecido a Miguel Frasquilho. Vamos entrar numa nova fase da vida da TAP, com o plano de reestruturação a ser aprovado em Bruxelas, esperemos nós. A nossa intenção foi iniciar um novo ciclo com uma nova equipa. Quisemos iniciar esta nova fase com uma nova equipa”, afirmou.

Pedro Nuno Santos reconhece ainda que “Miguel Frasquilho, tal como os outros administradores, fizeram um trabalho muito importante pela TAP em nome do Estado e do país” numa altura em que o sector da aviação sofria impactos significativos por causa da pandemia da Covid-19 e por isso ressalva estar agradecido pelo trabalho desempenhado.

Miguel Frasquilho, que vai deixar o cargo de chairman da TAP, sendo substituido por Manuel Beja no novo Conselho de Administração, afirmou esta quarta-feira que não se concretizou uma conjugação de vontades com o acionista Estado para continuar nas funções que desempenhou nos últimos quatro anos.

Em carta dirigida aos colaboradores da TAP, Frasquilho explicou que “para poder continuar nas funções que tenho vindo a desempenhar, seria necessária, como sempre disse quando questionado sobre o tema, uma conjugação de vontades entre mim próprio e o acionista Estado”.

Quanto às investigações relacionadas com Nuno Araújo, Pedro Nuno Santos garante que “foi um bom chefe gabinete, é um bom presidente do Porto de Leixões”, frisando nunca ter “nenhum indício de que usava as suas funções para benefício próprio”. Posto isto, o governante ressalva a importância da investigação do Ministério Público que decorre, acrescentando que “devemos aguardar com calma para podermos tirar as nossas conclusões”.

Nuno Araújo, ex-chefe de gabinete do atual ministro das Infraestruturas, foi esta terça-feira alvo de buscas por parte do DCIAP e da PJ. Em causa estão suspeitas de corrupção e tráfico de influências.

O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e a Polícia Judiciária explicam que no âmbito desta investigação “investigam-se factos relacionados com a celebração, por ajuste direto, de aquisição de serviços entre uma sociedade comercial e os referidos municípios e a empresa pública”. As autarquias envolvidas são as de Coimbra, Valongo, Vila Real de Santo António e Gondomar.

 

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