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Pedrógão: População acompanhada na área da saúde mental aumentou 67%

Segundo a médica psiquiatra, também o número de consultas “aumentou exponencialmente” em alguns concelhos, algumas para o dobro.
7 Agosto 2017, 19h10

O incêndio em Pedrogão Grande originou um aumento do número de pessoas acompanhadas na área da saúde mental, dos três concelhos mais afetados pelo fogo, de 6% (antes do fogo) para cerca de 10%, segundo revelou esta segunda-feira a coordenadora da unidade de saúde mental comunitária de Leiria, Ana Araújo, à Lusa.

O Censos de 2011 indicam uma população dos três concelhos totalizada em cerca de 13 mil habitantes, dos quais, a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) registou 365 consultas de saúde mental, 163 consultas de psicologia e 104 visitas domiciliárias, incluindo os acompanhamentos realizados antes do incêndio. Segundo a médica psiquiatra, o número de consultas “aumentou exponencialmente”, algumas para o dobro em alguns concelhos.

“O trabalho foi muito ampliado”, afirmou a coordenadora. Enquanto antigamente se realizava um trabalho entre “dois a três dias por semana”, atualmente trabalham “todos os dias da semana”, além de que as consultas funcionam “por alargamento nos três centros de saúde” com psiquiatras em função das necessidades, acrescentou.

Ana Araújo explicou à Lusa que “a saúde mental é sempre uma questão muito importante quando surge uma catástrofe, por causa das perdas, dos lutos, da prevenção do trauma”, salientando que a equipa no terreno desenvolve o trabalho em “conjunto com os cuidados primários de saúde para prevenir situações complicadas”.

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