A value chain gap analysis é uma das metodologias que utilizamos na EY-Parthenon para suportar a definição estratégica de empresas, grupos empresariais e setores económicos.

Num mundo de negócios global e fragmentado, numa europa que aposta na reindustrialização, e num contexto em que a tecnologia está a mudar decisivamente as vantagens competitivas dos países, colocando o talento em primeiro plano, as incertezas estratégicas das empresas e dos grupos empresariais que integram a indústria portuguesa são muitas.

Embora a maioria tenha uma estratégia definida para os próximos anos, será que essa estratégia está suportada em premissas realistas, construída com base em informação quantitativa e transformada em inteligência de suporte às decisões estratégicas? Alguns dos investimentos estruturantes da indústria portuguesa mostram que não, que os riscos de deslocalização ou desinvestimento são demasiado elevados, por ainda estarem sustentados em vantagens competitivas associadas a baixos custos de produção, facilmente replicáveis em geografias, emergentes em termos tecnológicos e talento com custos mais reduzidos.

As empresas e os setores económicos devem antecipar, por vezes a uma década de distância, o desenvolvimento de novas vantagens competitivas e procurar proteger-se através de um posicionamento mais assertivo na cadeia de valor, investindo em atividades críticas, de elevado valor acrescentado, baseadas em fatores críticos difíceis de replicar, tais como o talento e o conhecimento de natureza avançada e específica.

Na EY-Parthenon temos uma longa experiência na definição de estratégias e planos de ação para empresas e setores industriais suportadas em metodologias experimentadas e inteligência de mercado, tendências e visões de longo prazo, que permitem antecipar mutações ao longo das cadeias de valor das empresas e dos setores e identificar oportunidades de investimento de longo prazo.

A value chain gap analysis é uma das metodologias que utilizamos para suportar a definição estratégica, consistindo na construção gráfica da cadeia de valor onde as empresas estão inseridas, na identificação dos seus gaps (i.e. os elos e as atividades que não são servidas pelas empresas) e, partindo dessa base, na realização de uma análise das dinâmicas de mercado, das forças competitivas e tendências, dos seus fatores críticos e, numa segunda fase, na avaliação do match entre esses elementos externos com as atuais (e potenciais) competências, por forma a identificar as oportunidades de investimento mais atrativas.

Esta metodologia pode ser aplicada tanto a empresas como a grupos económicos e a setores de atividade. Atualmente, por exemplo, estamos a desenvolver na EY-Parthenon uma análise deste tipo para a indústria química em Portugal. Esta indústria, apesar dos esforços de reinvenção levados a cabo em anos recentes, continua muito focada na fabricação de químicos de base, pelo que pretende investir futuramente no desenvolvimento e fabricação de produtos mais diferenciados, nomeadamente químicos de especialidade orientados para nichos de mercado de elevado valor acrescentado. Nesse sentido, com base na análise de gaps nas cadeias de valor presentes em Portugal, estamos na EY-Parthenon a identificar as melhores oportunidades para as empresas da indústria química portuguesa e a estudar a melhor estratégia de abordagem dessas oportunidades, num trabalho promovido pela APQuímica (associação representativa desta indústria) que se pretende amplamente participado pelos principais stakeholders associados.