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Perdas associadas a incêndios florestais multiplicaram-se por seis vezes em 20 anos

Entre 2000 e 2020, as perdas seguradas globais associadas a incêndios florestais multiplicaram-se por mais de seis, subindo de 8,7 mil milhões para 56,3 mil milhões de dólares (7,4 e 48,4 mil milhões de euros), conclui o relatório da série Emerging Risk Trend Talk, da Allianz Commercial.
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24 Junho 2025, 11h01

Entre 2000 e 2020, as perdas seguradas globais associadas a incêndios florestais multiplicaram-se por mais de seis, subindo de 8,7 mil milhões para 56,3 mil milhões de dólares (7,4 e 48,4 mil milhões de euros), conclui o relatório da série Emerging Risk Trend Talk, da Allianz Commercial.

O relatório diz ainda que existe um cenário “cada vez mais complexo e dispendioso” que “exige estratégias robustas de gestão de risco e uma adaptação urgente” às novas realidades climáticas.

“A frequência, intensidade e alcance geográfico dos incêndios florestais aumentaram de forma significativa na última década, impulsionados pelas alterações climáticas, atividade humana e novas dinâmicas de uso do solo”, refere o relatório da Allianz Commercial.

O documento diz ainda que os incêndios florestais já não são exclusivos de regiões tradicionalmente vulneráveis, como o oeste dos Estados Unidos ou a Austrália. “Casos recentes no Canadá, Escandinávia, Rússia e Coreia do Sul mostram que áreas antes consideradas de baixo risco estão agora igualmente expostas”, diz o relatório da série Emerging Risk Trend Talk.

“As empresas devem identificar o risco de as suas operações desencadearem incêndios florestais ou serem afetadas por causas naturais ou humanas, avaliando os potenciais impactos e desenvolvendo planos de gestão de risco bem documentados”, diz o diretor global dos Serviços de Consultoria de Riscos da Allianz Commercial, Michael Bruch.

“O relatório destaca ainda: A extensão da época de incêndios, que começa mais cedo e termina mais tarde; O impacto crescente na interface urbano-florestal (WUI), com mais pessoas e bens expostos; O aumento dos litígios e responsabilidades legais, especialmente nos setores de energia, construção, agricultura e transportes; a importância de soluções tecnológicas avançadas como drones, imagens térmicas, câmaras com Inteligência Artificial (IA), cartografia SIG e sistemas preditivos de risco”.

A Allianz deixa ainda as seguintes recomendações: “Criação de espaços defensáveis e gestão da vegetação envolvente; Utilização de materiais não combustíveis nas infraestruturas; Desenvolvimento de planos de continuidade de negócios específicos para incêndios florestais; Adaptação permanente a novas tecnologias de deteção, previsão e supressão”.

O documento diz ainda que a atenuação dos riscos de incêndio florestal “exige uma abordagem integrada, que combine conformidade regulatória, adaptação às alterações climáticas e investimento contínuo em tecnologia e planeamento estratégico”.

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