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Perdas até 21 mil milhões. Universidades britânicas em risco de declarar insolvência devido à Covid-19

Sem identificar, o estudo da IFS conclui que as universidades mais prestigiadas terão mais probabilidades de sobreviver aos impactos da crise pandémica. Antecipam-se perdas que podem chegar a 21 mil milhões de euros.
6 Julho 2020, 12h39

A pandemia do Covid-19 representa “uma ameaça financeira significativa” para o ensino superior do Reino Unido, deixando, pelo menos, treze universidades britânicas com uma “perspectiva muito real” de insolvência devido à queda no número de estudantes matriculados no próximo ano letivo.

De acordo com a notícia avançada pela “Financial Times”, esta segunda-feira, esta perspectiva só poderá ser contrariada a menos que recebam ajuda do governo sugere uma análise do Instituto de Estudos Fiscais (IFS), que informa também que se esperam perdas no setor entre os três mil milhões (cerca de 3.330 milhões de euros) e 19 mil milhões de libras (cerca de 21.900 milhões de euros).

O alerta ocorre uma semana depois do governo de Boris Johnson anunciar um pacote de resgate para o setor, incluindo 280 milhões de libras em financiamento para custos de pesquisa e investigação e acesso a empréstimos de longo prazo com baixos juros, no valor de até 80% dos rendimentos perdidos por estudantes internacionais.

Espera-se que o impacto seja distribuído de forma desigual, com instituições de menor prestígio, e com menos flexibilidade financeira, com maior probabilidade de enfrentar um cenário de insolvência, segundo a análise. Instituições mais estabelecidas, e com maiores bolsas e financiamento para investigações, correm o risco de sofrer maiores perdas no número de matriculados, porém, tudo indica que terão mais probabilidades de ter uma almofada financeira suficientemente robusta para sobreviver aos impactos.

“Com cerca de 45 mil milhões de libras em reservas e um superávit anual de cerca de dois mil milhões de libras antes da crise, o setor universitário, como um todo, deve ser capaz de lidar com perdas substanciais relacionadas à Covid-19”, disse Ben Waltmann, economista da IFS.

De acordo com o IFS, é improvável que o financiamento em todo o setor salve as instituições em maior risco, mas um resgate de apenas 140 milhões de libras poderia salvar as universidades que enfrentam o maior risco de possível insolvência.

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