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Perturbações no metro de Lisboa: linhas Azul e Amarela as mais problemáticas, Vermelha a mais calma

Um estudante do Instituto Superior Técnico criou, “por brincadeira”, um site e uma aplicação Android para registar informação sobre o metropolitano de Lisboa. A acumular dados desde março de 2017, o UnderLX permite identificar quais as linhas e horários mais críticos para usar o serviço de transportes.
Rafael Marchante/Reuters
31 Janeiro 2018, 14h46

A pensar nas perturbações que o metro de Lisboa sofre diariamente, provocando transtorno aos milhares de utentes do serviço de transportes, um estudante do Instituto Superior Técnico de Lisboa criou um site e uma aplicação para Android que consegue identificar, no momento, quais as melhores linhas e o melhor horário para utilizar o metro da capital.

De acordo com os dados recolhidos e analisados por Gabriel Maia, de 21 anos, no âmbito do seu projeto UnderLX, é a Linha Azul que mais vezes está parada, seguida da linha Amarela e Verde. Pelo contrário, “a linha Vermelha tem sido, consistentemente, a que tem menos perturbações”.

“Nos dez meses para os quais temos dados de perturbações, isto é, desde meados de março do ano passado [quando nasceu o UnderLX], a linha Azul tem sido a mais problemática, seguida da linha Amarela e da linha Verde, embora isto seja apenas uma tendência geral. Por exemplo, nos meses de maio, julho e agosto a linha Azul esteve bem ao nível das perturbações (menos de 14 horas por mês), mas em junho atingiu o seu pico máximo: 42 horas de perturbações [num único mês]”, detalhou o estudante do mestrado em Engenharia Informática e de Computadores, ao Jornal Económico.

Para Gabriel Maia, que gere o projeto com outras duas pessoas – que deu origem à SegVault, um grupo que “desenvolve software e administra sistemas de computadores” -, a Linha Azul é a mais problemática por ser a mais longa, por ter alguns dos troços “mais antigos” e por ter mais estações. “Tudo isto são fatores que podem explicar o elevado número de problemas”.

Mais, nas horas de maior afluência, o metro chega “a transportar cerca de três vezes mais passageiros por hora, do que durante o resto da manhã e principio da tarde”.

Já aos fins de semana e em dias de feriados, a procura é “habitualmente três a quatro vezes inferior” à procura dos dias úteis.

O jovem empreendedor alerta, no entanto, para o facto de dos seus dados ainda serem preliminares e, pouco representativos. “O nosso objetivo seria conseguir recolher dados correspondentes a 2% das viagens, mas neste momento a nossa amostra corresponde a cerca de 0.1% das viagens”.

O UnderLX foi criado porque Gabriel Maia identificou uma lacuna na utilização do metropolitano de Lisboa: não existe um sistema de base de dados que registe e anlise a informação do metro de forma sistemática.

“O UnderLX pretende ajudar na utilização do metro, otimizando a utilização da rede existente e contornando as falhas do serviço”, assim explicou o estudante qual o obejtivo do projeto, que até já desportou o interesse dos responsáveis do Metropolitano  de Lisboa.

 

Não perca a entrevista que Gabriel Maia deu ao Jornal Económico, com toda a história do UnderLX e o interesse do Metropolitano de Lisboa no projeto:

http://www.jornaleconomico.pt/noticias/underlx-o-vigilante-do-metro-de-lisboa-263696

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