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Recessão abrupta. FMI vê a economia portuguesa a recuar 8% este ano

Portugal está entre os cincos países da zona euro que vão sentir o maior impacto da atual crise, segundo o Fundo Monetário Internacional. No entanto, a recuperação de 5% em 2021 poderá colocar a economia portuguesa a voltar a crescer ligeiramente acima da média dos países da moeda única. A taxa de desemprego este ano deverá disparar para 13,9%.
  • Bogdan Cristel/Reuters
14 Abril 2020, 13h30

O Produto Interno Bruto (PIB) deverá contrair 8% este ano, antes de uma forte recuperação de 5% em 2021, estima o Fundo Monetário Internacional (FMI). No World Economic Outlook (WEO), divulgado esta terça-feira, a instituição liderada por Kristalina Georgieva vê o desemprego a disparar para 13,9%, recuando para 8,7% em 2021, ainda assim cima dos 6,5% registados em 2019.

O FMI cortou as projeções para o desempenho da economia portuguesa, numa tendência generalizada a todos os países, na sequência da epidemia do novo coronavírus, e que a economista-chefe da instituição, Gita Gopinath, já disse ser a maior recessão mundial desde a Grande Depressão.

No último relatório em outubro, via o PIB português a expandir 1,6% este ano e uma taxa de desemprego de 5,6%, mas agora coloca Portugal entre os países europeus cuja economia mais sofrerá o impacto da atual crise.

Com uma contração de 7,5% estimada para a zona euro, Portugal está entre os cinco países, a par de Espanha e da Eslovénia, com a queda mais acentuada este ano. A Grécia lidera a ‘liga negativa’ (-10%), seguida por Itália (-9,1%), Letónia (-8,6%) e Lituânia (-8,1%).

No entanto, a economia portuguesa poderá recuperar em 2021 e crescer ligeiramente acima da média dos países da moeda única. O FMI vê o PIB português a recuperar para 5%, enquanto a zona euro deverá ter uma expansão de 4,7%.

Relativamente à taxa de desemprego, enquanto a taxa de desemprego na zona euro deverá subir para 10,4% este ano e 8,9% em 2021, em Portugal deverá aumentar para 13,9% e 8,7%. Apesar de ficar muito aquém da taxa de 3,9% projectada para França em 2020, fica também distante dos 22,3% previstos para a Grécia ou 20,8% para Espanha, aproximando-se das projeções para Itália (12,7%).

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