O Sindicato Independente de Pilotos de Linhas Aéreas (SIPLA) denunciou hoje no Parlamento que os cortes na massa salarial dos pilotos da Portugália, que pertence ao grupo TAP, atingem os 70%.
“O que nos foi apresentado pela administração do grupo e responsáveis do plano de reestruturação foi que seriam pedidos 25% de cortes na massa salarial aos pilotos, que as cláusulas do acordo de empresa seriam englobadas nesse corte”, começou por dizer hoje o vogal da direção da SIPLA, Gustavo Florindo.
“Na realidade, o que nos foi apresentado foi um corte bastante superior, pelos nossos cálculos ultrapassa os 70% de redução”, o que vai provocar uma “ineficiência de produtividade” afirmou o dirigente durante a audição na comissão de economia.
“Os pilotos da Portugalia tem um salario 20% abaixo do praticando dentro do grupo [TAP] e abaixo do praticado nas low cost europeias”, acrescentou.
“Esta situação remete os pilotos da Portugália para uma curva de ineficiência e de produtividade qualitativa típica das situações onde se verifica que os cortes já não produzem o efeito desejado na recuperação do valor pelo efeito nefasto causado pelo desaparecimento das condições mais básicas de acesso ao trabalho, da gestão emocional, força motivacional de grupo e de classe, e o mais importante a segurança de voo”, acrescentou.
O dirigente apontou que a Portugália conta atualmente com “15 pilotos no desemprego, que não efetivaram, ao contrário dos restantes do grupo que efetivam ao serviço”. A Portugália conta com cerca de 160 pilotos atualmente.
“A Portugália tem um quadro de pilotos deficitário abaixo da média da industria”, sublinhou, avançando que a SIPLA enviou uma proposta para a “recontratação desses mesmos pilotos”, uma proposta “equilibrada e justa” para alcançar a “meta financeira” pedida. “Estamos dispostos a atingir uma solução conjunta, para sermos parte de uma solução para o grupo”.
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