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Pilotos da Portugália dizem que cortes na massa salarial atingem os 70%

O sindicato dos pilotos desta transportadora aérea que pertence ao grupo TAP diz que estes cortes salariais levam ao “desaparecimento das condições mais básicas de acesso ao trabalho” e a uma “ineficiência de produtividade”.
27 Janeiro 2021, 11h24

O Sindicato Independente de Pilotos de Linhas Aéreas (SIPLA) denunciou hoje no Parlamento que os cortes na massa salarial dos pilotos da Portugália, que pertence ao grupo TAP, atingem os 70%.

“O que nos foi apresentado pela administração do grupo e responsáveis do plano de reestruturação foi que seriam pedidos 25% de cortes na massa salarial aos pilotos, que as cláusulas do acordo de empresa seriam englobadas nesse corte”, começou por dizer hoje o vogal da direção da SIPLA, Gustavo Florindo.

“Na realidade, o que nos foi apresentado foi um corte bastante superior, pelos nossos cálculos ultrapassa os 70% de redução”, o que vai provocar uma “ineficiência de produtividade” afirmou o dirigente durante a audição na comissão de economia.

“Os pilotos da Portugalia tem um salario 20% abaixo do praticando dentro do grupo [TAP] e abaixo do praticado nas low cost europeias”, acrescentou.

“Esta situação remete os pilotos da Portugália para uma curva de ineficiência e de produtividade qualitativa típica das situações onde se verifica que os cortes já não produzem o efeito desejado na recuperação do valor pelo efeito nefasto causado pelo desaparecimento das condições mais básicas de acesso ao trabalho, da gestão emocional, força motivacional de grupo e de classe, e o mais importante a segurança de voo”, acrescentou.

O dirigente apontou que a Portugália conta atualmente com “15 pilotos no desemprego, que não efetivaram, ao contrário dos restantes do grupo que efetivam ao serviço”.  A Portugália conta com cerca de 160 pilotos atualmente.

“A Portugália tem um quadro de pilotos deficitário abaixo da média da industria”, sublinhou, avançando que a SIPLA enviou uma proposta para a “recontratação desses mesmos pilotos”, uma proposta “equilibrada e justa” para alcançar a “meta financeira” pedida. “Estamos dispostos a atingir uma solução conjunta, para sermos parte de uma solução para o grupo”.

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