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Plano de quotas de importação de aço da UE “vai longe demais”, diz lóbi automóvel europeu

A UE apresentou uma proposta para reduzir cotas de importação de aço para proteger indústria local e preservar a competitividade da indústria siderúrgica europeia.
8 Outubro 2025, 10h18

Um novo plano da União Europeia para reduzir drasticamente as quotas de importação de aço vai “longe demais” e ameaça os fabricantes de automóveis europeus com um volume elevado de custos, disse esta quarta-feira a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA). A Associação afirmou que os fabricantes europeus obtêm cerca de 90% das suas compras diretas de aço dentro da UE e estão “muito preocupados” com o impacto das restrições mais rígidas às importações de aço.

A Comissão Europeia anunciou ontem uma proposta para reduzir em quase 50% as quotas de importação de aço isentas de tarifas, com o objetivo de preservar a competitividade da indústria siderúrgica da União Europeia. Além disso, será aplicada uma tarifa de 50% sobre as remessas que excederem essas quotas. A proposta ainda precisará da aprovação dos governos da UE e do Parlamento Europeu.

“Não contestamos a necessidade de algum nível de proteção para uma indústria como o aço, mas sentimos que os parâmetros propostos pela Comissão vão longe demais ao isolar o mercado europeu”, disse em comunicado a diretora-geral da ACEA, Sigrid de Vries.

A medida da Comissão Europeia reflete uma crescente tendência protecionista em resposta ao aumento das importações e às tarifas impostas pelos Estados Unidos, visando fortalecer a produção interna e garantir a sustentabilidade da indústria siderúrgica da região.

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