Miguel Poiares Maduro questionou a forma como estão a ser utilizados os documentos do Luanda Leaks, comparando-o ao processo do Football Leaks, que envolve o hacker português Rui Pinto.
“Pergunta desconfortável: qual a razão para certos leaks poderem ser livremente usados e outros não? Alguém me explica o critério por detrás do diferente tratamento que diferentes leaks têm em Portugal?”, questionou o ex-ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional do Governo de Passos Coelho.
O Luanda Leaks revelou 715 mil documentos, de um consórcio de jornalistas de investigação, que mostram como Isabel dos Santos construiu a sua fortuna à custa do Estado de Angola. A empresária Isabel dos Santos diz que a investigação se baseia em “documentos e informações falsos” e é coordenada pelo Estado de Angola, de quem acusa de fazer um “ataque político”.
Em entrevista à “RTP3” no dia 9 de janeiro, Miguel Poiares Maduro mostrou-se preocupado pela forma como em Portugal o processo do hacker Rui Pinto está a ser conduzido. “A única preocupação e aspeto que está a ser investigado é a própria prática de crimes por Rui Pinto e se parece ignorar tudo o que está à volta”, afirmou.
Miguel Poiares Maduro mostrou também preocupação pela imagem que o Ministério Público está a transmitir para o panorama internacional. “Se lermos o que a imprensa internacional diz, a perceção é de que em Portugal, aquilo que pode estar em causa com o Rui Pinto são interesses poderosos que o país não gosta de colocar em causa”.
Pergunta desconfortável: qual a razão para certos leaks poderem ser livremente usados e outros não? Alguém me explica qual o critério por detrás do diferente tratamento que diferentes leaks têm em Portugal?
— Miguel Poiares Maduro (@MaduroPoiares) January 20, 2020
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