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Polícia dos EUA utilizou “força excessiva” 125 vezes nos dez dias após a morte de George Floyd, diz AI

O relatório de 68 páginas, baseado em entrevistas com mais de 50 pessoas que participaram nos protestos do movimento ‘Black Lives Matter’, sugere que a polícia frequentemente empregava químicos e balas de borracha indiscriminadamente, e como primeiro recurso.
  • Getty Images
4 Agosto 2020, 17h16

O relatório elaborado pela Amnistia Internacional concluiu que as forças policias dos Estados Unidos utilizaram “força excessiva” por 125 ocasiões distintas nos 10 dias que se seguiram à morte de George Floyd. Segundo o “Business Insider”, os abusos variam entre o uso ilegal de gás pimenta, espancamentos e o disparo indiscriminado de projéteis “menos letais”.

O relatório de 68 páginas, baseado em entrevistas com mais de 50 pessoas que participaram nos protestos do movimento ‘Black Lives Matter’, sugere que a polícia frequentemente empregava químicos e balas de borracha indiscriminadamente, e como primeiro recurso.

Ernest Coverson, gerente de campanha de violência armada da Amnistia Internacional, afirma em comunicado que “o uso desnecessário e às vezes excessivo da força pela polícia contra os manifestantes demonstra o racismo e a impunidade sistemática que levou as pessoas às ruas para protestar”.

Aqueles que tentaram documentar a resposta da polícia aos protestos também não foram poupados. Linda Tirado, jornalista freelancer entrevistado pelo “Business Insider” perdeu um olho depois de ser atingido por um projétil “menos letal” enquanto cobria a agitação civil em Minneapolis, Minnesota.

Justin Mazzola, investigador da Amnistia Internacional, comenta que “as ações do presidente Trump representam uma inclinação escorregadia em direção ao autoritarismo e devem parar imediatamente. Mas a reforma é necessária não apenas no nível federal, afirma o relatório, observando que apenas três estados – Califórnia, Washington e Missouri – aprovaram legislação que limita o uso da força letal pela polícia.

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