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Polónia está quase a ser mais rica do que o Japão

Com um crescimento médio anual da ordem dos 4% desde o final da década de 1990, a Polónia ‘arrisca’, segundo o FMI e o Banco Mundial, ultrapassar a outrora poderosa economia do Japão. A não ser que a Ucrânia corra mal.
Newly appointed Polish Prime Minister Donald Tusk speaks during a parliament session, in Warsaw, Poland December 12, 2023. REUTERS/Aleksandra Szmigiel
17 Maio 2025, 12h00

O Plano Balcerowicz. Criado pelo economista Leszek Balcerowicz para ser a receita para o período ‘pós-moscovita’, chamemos-lhe assim, o plano decalcava aquilo que eram as prioridades de instituições como o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial: apostar tudo na economia de mercado e relegar as preocupações sociais para o período de ‘vacas gordas’ que inevitavelmente acontece depois de um ‘aperto’ que com certeza trás a recessão, o desemprego, a quebra do poder de compra e o abaixamento do nível de vida. Os que se ‘safarem’ hão de viver melhor, pressupõe a referida teoria, que atribui vida farta aos que sobrevivem e esquece os que não sobrevivem. Javier Milei, o ‘milagreiro’ de serviço na Argentina tem um plano semelhante – também ‘benzido’ pelo FMI – e por isso também há de dar certo.

Depois dos custos sociais iniciais, motivados pelo desmantelamento do comunismo (que, entre outras coisas, dava emprego a toda a gente), com altos picos de desemprego e o aumento da pobreza, o país resistiu e está agora na inesperada situação de ultrapassar o Japão, pelo menos a acreditar nas projeções do FMI e do Banco Mundial.

Estas instituições dizem que a Polónia ultrapassará o Japão em 2026 no PIB per capita ajustado pela paridade do poder de compra (PPC). Em 1990, aquele indicador era, na Polónia, 6.687 dólares; o do Japão estava próximo dos 20 mil. Em 2024, a Polónia chegou aos 51.628 dólares, já muito perto do Japão (53.059 dólares). Este ano, dar-se-á o milagre, num contexto em que, tudo o indica, o país europeu (um dos mais pobres em 1991, quando a União Soviética sucumbiu) vai manter uma média anual de crescimento de 4% ao ano.

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