Porto de Lisboa já recebeu perto de 5 toneladas de carril para a requalificação da linha do Oeste

O porto de Lisboa vai receber cerca de 4.800 toneladas de carril, adquiridas pela Infraestruturas de Portugal (IP) e que servirão para concretizar a obra da duplicação da linha do Oeste.

De acordo com o comunicado divulgado esta terça-feira pela Porto de Lisboa, já chegaram “4.744 toneladas de carril” de um total de dois navios que serão descarregados a meados do próximo mês de dezembro, somando aproximadamente 9.500 toneladas de carris. “Ao longo da passada semana foram desembarcadas 823 unidades, sendo 760 de 108 metros e 63 unidades de 72 metros”, lê-se na nota divulgada.

Este material foi transportado até Portugal por via marítima desde Piombino, Itália. A operação de descarga de carris realiza-se diretamente do porão do navio para a composição ferroviária, ficando assim os carris imediatamente prontos a sair do terminal, sem necessidade de movimentações adicionais e, consequentemente, de mais tempo de espera.

As obras para a requalificação da Linha do Oeste já se iniciaram, no entanto, apenas dentro de um espaço temporal de dois anos é que os tempos e as condições de viagens denotarão incrementos consideráveis. Desde a inauguração, há 134 anos, que a linha não via uma requalificação de fundo.

A viagem de comboio entre Torres Vedras e a capital Lisboa pode demorar, agora, cerca de duas horas, uma vez que é levada a cabo numa linha antiga, onde só circulam as velhas locomotivas movidas a diesel. O propósito primordial é que uma viagem que outrora durava duas horas, passe assim a ser executada em metade do tempo: perto de 50 minutos e com três vezes mais comboios a circular.

A linha detém uma extensão total de 215 quilómetros, conectando Sintra à Figueira da Foz e depois à cidade de Coimbra. Estão propostas a electrificação e modernização desta linha, a mudança de sinalização e a eliminação de algumas passagens de nível em perto de 90 quilómetros até às Caldas da Rainha. A requalificação deverá estar finalizada daqui a pelo menos dois anos, ou seja, em meados de 2023.