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Porto fica atrás da capital na recuperação do mercado dos escritórios até julho

Segundo a consultora imobiliária JLL, o mercado de escritórios na região “está a recuperar num ritmo mais lento”. Nos primeiros sete meses do ano, Lisboa soma cerca de 68 mil metros quadrados (m2) de ocupação enquanto no Porto o ‘take-up’ em 2021 é de 13.690 m2.
24 Agosto 2021, 15h08

A procura por escritórios na região de Lisboa manteve a sua tendência de crescimento em julho. No mês passado, concretizaram-se 13 operações para ocupação imediata, num total de 13.377 metros quadrados ocupados.

De acordo com as contas da c0nsultora imobiliária JLL, divulgados esta terça-feira, a atividade no de julho representa um crescimento de 125% face a junho e atingiu uma área média de 1.030 metros quadrados por operação.

“Este último valor deve-se ao facto de três das operações corresponderem a áreas superiores a mil metros quadrados, a mais significativa a registar uma absorção de cerca de sete mil metros quadrados”, explicam. Tratou-se da ocupação da Bi4all, uma empresa na área de data analytics e inteligência artificial, nos Olivais. Essa mesma zona, foi, para a JLL, a mais ativa durante o mês de julho com 58% da atividade mensal.

Já no que respeita aos sectores de atividade mais dinâmicos, tecnologia, media e telecomunicações (TMT) e utilities representou 78% do volume mensal.

Em sentido contrário, está a situação no Porto, com a JLL a considerar que o mercado de escritórios na região “está a recuperar num ritmo mais lento”.

Registou-se uma quebra de 63% face ao mesmo período do ano passado, com 632 metros quadrados absorvidos num total de duas operações, de 125 metros quadrados e 510 metros quadrados, nas empresariais da Boavista. Nesse mês, essa zona “foi a mais ativa, com 80% do take-up, ao passo que o sector de bens e de consumo representou igualmente 80% do volume mensal absorvido”.

Em termos acumulados, no período de janeiro a julho de 2021, o mercado de escritórios de Lisboa soma cerca de 68.703 metros quadrados de ocupação, um volume que fica apenas 19% abaixo do mesmo período de 2020. No Porto, o take-up em 2021 ascende a 13.690 metros quadrados, numa redução de 55% face a 2020. De qualquer forma, explica a JLL, “em ambos os mercados as quedas registadas no final de julho desagravam face a junho, quando o acumulado do ano apresentava reduções de 34% em Lisboa e de 66% no Porto”.

Entre janeiro e julho, a JLL registou 67 operações de tomada de espaço de escritórios em Lisboa, traduzindo uma área média em torno dos 1.025 metros quadrados. Neste período, a zona no Parque das Nações foi a mais dinâmica, tendo registado 31% do take-up, e as empresas de TMT’s & itilities foram o principal motor da procura, representando quase metade da absorção anual (47%).

No Porto, os dados da JLL indicam que  o acumulado anual regista 27 operações, com uma área média de cerca de 507 metros quadrados, sendo a atividade igualmente liderada pelas empresas de TMT’s & utilities (31%) e principalmente concentrada na da Boavista. “De referir que a compressão anual da atividade mais acentuada no Porto é justificada pela realização de grandes operações na região em 2020”, acrescentam.

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