O Grupo PortoBay “aguarda serenamente” pelo resultado do Revive para o Quartel da Graça, ao qual se candidatou, e vai “continuar a olhar” para as oportunidades que surjam neste programa, disse hoje o administrador da cadeia hoteleira, Bernardo Trindade.
“Com certeza que estamos a olhar para os Revive e em particular nós olhámos para o Convento da Graça [agora Quartel da Graça], pois foi o projeto mais recente. Nós candidatámo-nos ao projeto da Graça, sabemos que há uma concorrência muito significativa, o que é natural, pois o projeto é lindo. O imóvel é muito bonito e aguardamos serenamente essa decisão”, afirmou Bernardo Trindade num encontro com a imprensa, em Lisboa, para fazer o balanço da atividade do grupo em 2018.
O concurso público para a concessão do Quartel da Graça, em Lisboa, para criação de um hotel de cinco estrelas ao abrigo do programa Revive, num investimento estimado de 29,7 milhões de euros, foi lançado em 4 de fevereiro.
Classificado como Monumento Nacional desde 1910, o Quartel da Graça será concessionado por um período de 50 anos para a instalação do hotel, sendo o valor base previsto no concurso para a renda anual de 332.604 euros, numa área de construção total de 15.495 metros quadrados.
O Grupo Vila Galé foi outra das cadeias hoteleiras que assumiu ter concorrido a este concurso.
Questionado se o Grupo PortoBay tem interesse em concorrer a novos concursos do Revive, Bernardo Trindade admite que sim, mas ressalvando que sempre com “a noção clara” de que existem outros investimentos em curso e projetos de requalificação das unidades hoteleiras existentes.
“Há muitos desafios pela frente, mas vamos continuar a olhar para os Revive que vão sendo apresentados e agora já sei que com uma ambição diferente – [o programa] já não se conforma ao todo nacional, mas para outras realidades, como os PALOP”, afirmou o administrador.
Confrontado se o interesse se poderá estender ao Revive internacional, o responsável foi mais contido. “Em abstrato, todos temos interesse, mas no concreto temos que aguardar”, sublinhou.
Em 13 de março, Portugal assinou, na sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Lisboa, o primeiro acordo internacional do programa Revive com São Tomé e Príncipe, para apoiar a recuperação de edifícios históricos do país africano.
O ministro da economia, Pedro Siza Vieira, disse, na altura, que o Governo está empenhado na “internacionalização do Revive”, programa de valorização do património cultural e histórico, e na sua transformação num ativo económico do país, aberto ao investimento privado para desenvolvimento de projetos turísticos, através da realização de concursos públicos.
O Quartel da Graça é um dos 33 imóveis inscritos no Programa Revive, um programa conjunto dos ministérios da Economia, Cultura e Finanças com a colaboração das autarquias locais.
O Revive reabilita património e afeta-o a uma atividade económica com finalidade turística, para que possa gerar riqueza e postos de trabalho, promover o reforço da atratividade de destinos regionais, a desconcentração da procura e o desenvolvimento de várias regiões do país.
Em 14 de março, o administrador do Grupo Vila Galé, Gonçalo Rebelo de Almeida, disse à Lusa que a empresa, que já ganhou alguns concursos do Revive, “vai analisar” o programa relativo a São Tomé e Príncipe.
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