Os portos de Portugal Continental movimentaram em 2020 um volume total de carga de 81,85 milhões de toneladas, o que representou uma quebra de 6% face ao ano anterior, o equivalente a um volume de menos 5,22 milhões de toneladas, de acordo com os dados da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes divulgado esta quarta-feira, 24 de fevereiro.
As cargas que contribuíram de forma mais significativa para este desempenho foram o Carvão e os produtos petrolíferos, que movimentaram um volume de menos 2,66 e 2,14 milhões de toneladas, correspondentes a uma variação negativa de 83,1% e 11,4%, respetivamente.
Contudo, os outros granéis Sólidos, os produtos agrícolas e a carga fracionada registaram significativas variações negativos com quebras respetivas de 745,5 mil toneladas (principalmente em Leixões e Aveiro), 423,5 mt (maioritariamente em Aveiro e Lisboa) e 348,3 mt (com maior relevo em Setúbal e Aveiro).
Em sentido positivo, surgiram a carga contentorizada (com uma quota de 38,9%, a mais elevada de sempre) e os minérios (com uma quota de 1,5%) com acréscimos respetivos de 1,54 milhões de toneladas (maioritariamente em Sines e Lisboa) e de 132,8 mt (determinado pelo comportamento de Leixões e Setúbal).
Destaque também para o facto de Lisboa ter registado pela primeira vez desde 2000 um volume de carga movimentada inferior a 10 milhões de toneladas. O volume global de carga movimentada nos diversos portos em 2020 foi liderada pelo porto de Sines com uma quota de 51,5%, superior em +3,5 pontos percentuais ao que detinha no final do ano de 2019. Leixões encontra-se na segunda posição (com 20,9%) de porto com maior volume de carga movimentada, seguindo-se Lisboa (11%), Setúbal (7,7%), Aveiro (5,9%) e Figueira da Foz (2,4%).
No segmento dos Contentores, o sistema portuário do Continente fechou o ano de 2020 com um volume de 2,8 milhões de TEU, ultrapassando o volume apurado em 2019 em +2,6%, que corresponde a +72,2 mil TEU.
Nos portos comerciais registou-se um total de 9424 escalas de navios de diversas tipologias, a que correspondeu um volume global de arqueação bruta (GT) de 167,97 milhões, -17,7% face a igual período de 2019, correspondente a -36,16 milhões.
No segmento das operações de desembarque o impacto negativo fez-se sentir no carvão no porto de Sines cuja quebra, comparativamente ao volume movimentado em 2019, ultrapassou os 2,61 milhões de toneladas, e que representou 30,8% do total das diminuições observadas.
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