Esta segunda-feira, 31 de março de 2025, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) anuncia a atualização, para o 2º trimestre de 2025, do Programa de Financiamento da República.
As necessidades líquidas de financiamento aumentam de 8,5 mil milhões em 2024 para 18 mil milhões de euros em 2025, para financiar o défice do subsetor Estado em contabilidade pública de 6,8 mil milhões de euros; para financiar a aquisição líquida de ativos financeiros (incluindo o refinanciamento de outras entidades públicas, nomeadamente empresas públicas).
“O montante das necessidades de financiamento líquidas do Estado no ano de 2025 deverá manter-se em cerca de 18,0 mil milhões de euros.
As emissões de Obrigações do Tesouro (OT), excluindo operações de troca, estimam-se que atinjam 20,5 mil milhões de euros em 2025 (sem alteração face à estimativa inicial)”, lê-se no mapa do IGCP.
As amortizações previstas de dívida de médio e longo prazo ascendem a 14,9 mil milhões este ano, por contraste com os 8,6 mil milhões em 2024. Daqui 12,4 mil milhões de euros são Obrigações do Tesouro (inclui impacto líquido de operações de troca) o que compara com 6,2 mil milhões no ano passado.
Do lado oposto, as fontes de financiamento do Estado em 2025 ascendem 33,2 mil milhões de euros (por causa de um valor negativo de 200 milhões de depósitos). Já foi executado o montante de emissões de 6,7 mil milhões, incluindo 5,4 mil milhões de euros através de OT; 700 milhões do regresso das OTRV para o retalho; e 600 milhões de Bilhetes do Tesouro (BT).
“Até ao final de fevereiro de 2025, o IGCP tinha emitido 5,4 mil milhões de OT. Considerando o leilão de março, o IGCP já emitiu 6,7 mil milhões de euros de OT, o que representa 33% do objetivo de emissão anual deste instrumento”, lê-se no documento da instituição liderada agora por Pedro Cabeços.
Para o resto do ano o IGCP prevê financiar-se em 15,1 mil milhões de euros através de OT; MTN (medium term notes) no valor de 2 mil milhões; OTRV para o retalho no montante de 1,8 mil milhões de euros; e BT no montante líquido de 3,8 mil milhões de euros.
“O financiamento líquido através de Bilhetes de Tesouro (BT) espera-se que registe um ligeiro decréscimo, de uma estimativa inicial de 4,6 mil milhões de euros para 4,4 mil milhões de euros”, em 2025.
O IGCP prevê, para o 2º trimestre de 2025, emissões de OT através da combinação de sindicatos e leilões, sendo esperadas colocações de 1.000 a 1.250 milhões de euros por leilão. “Os leilões de OT terão a participação dos Operadores Especializados de Valores do Tesouro (OEVT) e Operadores de Mercado Primário (OMP) e serão realizados à segunda ou quarta quarta-feira de cada mês. O montante indicativo e as linhas de OT a reabrir serão anunciados ao mercado até 3 dias úteis antes do leilão”, segundo o IGCP.
Portugal pretende ainda emitir cerca de três mil milhões de euros em bilhetes do Tesouro no segundo trimestre, de acordo com o programa de financiamento da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) que foi atualizado esta segunda-feira.
O mapa detalhado revela que a 16 de abril, está prevista uma emissão de BT entre 1.000 a 1.250 milhões de euros, na reabertura de uma linha a 11 meses. A 21 de maio, será reaberta uma outra linha com maturidade a 6 meses e lançada outra a 12 meses, em que o IGCP pretende obter entre 1.250 a 1.500 milhões de euros. Já em junho é a reaberta a linha lançada no mês anterior a 11 meses, para levantar entre 750 a 1.000 milhões de euros.
O saldo de disponibilidades de Tesouraria no final do ano ascendia a 6,5 mil milhões em 2024 e é esperado o mesmo para 2025.
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