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Portugal conquista prémio de ‘Destino Turístico Acessível’

Esta distinção foi entregue esta terça-feira durante a 23ª assembleia geral da OMT – Organização Mundial de Turismo, que decorre em São Petersburgo, Rússia
10 Setembro 2019, 20h04

Portugal foi o primeiro país a receber o prémio de ‘Destino Turístico Acessível 2019’ da OMT – Organização Mundial do Turismo.

Segundo um comunicado Secretaria de Estado do Turismo (SET), “esta distinção foi entregue esta terça-feira durante a 23ª assembleia geral deste organismo, que decorre em São Petersburgo, Rússia”.

“Portugal é o único país a receber esta distinção, que é atribuída pela primeira vez este ano pela OMT em parceria com a Fundação ONCE, e que reconhece o esforço de Portugal na promoção da acessibilidade no turismo. Só na Europa existe mercado de 90 milhões de turistas com necessidades específicas de mobilidade, pelo que esta distinção é muito importante para posicionar Portugal como líder na acessibilidade”, destaca o referido comunicado.

O mesmo documento assinala que “a afirmação de Portugal como país acessível tem sido uma das grandes prioridades deste Governo”.

“Em 2016, foi lançado o programa ‘All for All’, com o objetivo de capacitar a oferta turística nacional, criar roteiros acessíveis em todo o país, divulgar a oferta acessível de norte a sul e promover Portugal como destino inclusivo para todos”, defende o referido comunicado.

A Secretaria de Estado do Turismo adianta que, “neste contexto foram criados roteiros acessíveis que estão disponíveis no ‘Visit Portugal’, desenvolvidos guias de boas práticas e foi lançada uma linha de financiamento específica para apoiar projetos de acessibilidade no turismo, no âmbito do ‘Programa Valorizar'”.

“Até ao momento, foram apoiados 116 projetos, que representam um investimento de 20 milhões de euros, e que receberam um apoio de 14 milhões de euros. Entre os projetos apoiados estão, por exemplo, a criação de acessibilidade no Convento de Cristo, no Castelo de São Jorge, no Palácio Nacional de Mafra ou nas Caves Calém (Vila Nova de Gaia)”, revela o comunicado em questão.

A SET acrescenta que foi também lançado o portal e a ‘app’ ‘Tur4All’, “que permite conhecer a oferta hoteleira, de restauração e cultura para pessoas com necessidades específicas de mobilidade em Portugal e Espanha”.

Por outro lado, “nas Escolas de Turismo, passou a ser incluído nos currículos dos alunos um módulo dedicado ao turismo acessível, com um total de 1.059 alunos formados nesta temática”.

“Além do programa ‘Praia Acessível’, foi este ano lançado o programa ‘Festivais + Acessíveis’, que visa distinguir os eventos que apresentem condições de acessibilidade para pessoas com necessidades específicas, como grávidas, seniores, pessoas em cadeira de rodas, invisuais, entre outras”, esclarece a SET.

Para a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, “esta distinção é recebida com enorme satisfação e é um grande impulso para que Portugal se torne o destino mais inclusivo do mundo”.

“Esta é uma questão de cidadania e este é também um segmento muito importante no turismo mundial. Ainda há muito a fazer. Quem perde esta carruagem perde o comboio”, avisou a governante.

Por seu turno, Ana Sofia Antunes, secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência considera que “este é o reconhecimento de um trabalho sólido e estruturado que Portugal tem estado a realizar em matéria de promoção de mais e melhor acessibilidades para todos”, destacando, além da já referida linha de financiamento ao turismo acessível, o ‘Programa Mais Acesso’, “que irá apoiar projetos de promoção das acessibilidades em cerca de 50 municípios num valor global de 15 milhões de euros”, bem como a realização de levantamentos globais das condições de acessibilidade do edificado público que permitirá ao Estado elaborar planos plurianuais de melhoria da acessibilidade ao respetivo património.

“Este Governo tem dado passos seguros no sentido de transformar Portugal num verdadeiro país inclusivo. É um caminho sem retorno, pois a isso nos obrigam todos aqueles para quem trabalhamos, sejam eles pessoas com deficiência ou condicionadas na sua mobilidade”, acrescentou Ana Sofia Antunes.

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