O lucro líquido da seguradora espanhola Mapfre caiu 6% no primeiro semestre em relação ao ano anterior, para 317 milhões de euros, em parte devido aos danos causados pelo terramoto que devastou a Turquia em fevereiro, informou a “Reuters”.
O resultado líquido caiu afetado pelo segmento Automóvel e pelo terramoto na Turquia, que fica marcado como o evento catastrófico mais relevante no semestre, segundo o comunicado da companhia de seguros espanhola. No final de junho, um impacto de 104 milhões no resultado líquido foi estimado, afetando principalmente a Mapfre RE (99 milhões) e, em menor medida, a seguradora local (5 milhões).
O Grupo Mapfre viu os prémios a nível global crescerem 15% no mundo no primeiro semestre de 2023, atingindo os 14,3 mil milhões de euros, com aumento significativo em todos os mercados e operações. O crescimento reflete uma melhoria generalizada do negócio, com subida de 11% no segmento Não Vida e de 29% em Vida, principalmente devido ao desempenho de Espanha e do Brasil.
“Este crescimento sólido vem consolidar a tendência positiva observada nos últimos trimestres, impulsionada por um aumento significativo no volume de negócio e pela melhoria das receitas financeiras do grupo”, refere a Mapfre.
A receita do grupo entre janeiro e junho deste ano foi de 17 mil milhões de euros, e representa um aumento de 15% em relação ao mesmo período de 2022, lê-se no comunicado.
Na região ibérica, o resultado líquido alcança 122,7 milhões de euros, com Portugal a contribuir com 5,8 milhões e Espanha com 116,9 milhões.
A Mapfre diz que o negócio em Portugal e em Espanha foi o que mais cresceu a nível mundial, tendo puxado pelos bons resultados do grupo.
Os prémios de Não Vida crescem 7,7% e refletem a boa evolução do negócio de Seguros Gerais (+9,3%) impulsionado pelos ramos empresariais, saúde, acidentes (+8,8%) e automóveis (+4,8%).
“No ramo automóvel, continua a progressiva adaptação de tarifas ao contexto inflacionista e com base em perfis individuais de risco. Atualmente, a carteira em Portugal e em Espanha tem cerca de 6,2 milhões de veículos segurados, tendo registado uma leve redução durante a primeira metade do ano pela aplicação de medidas de seleção de riscos. O aumento do prémio médio é estimado em cerca de 6%”, refere a companhia.
“O potencial da diversificação está a compensar as dificuldades que o ramo automóvel continua a sentir devido à inflação. Os prémios na Ibéria crescem mais de 20%, enquanto o negócio na América Latina (Latam) também aumenta. As medidas para enfrentar a inflação foram adotadas antes e começam a aparecer na evolução do resultado”, afirma em comunicado Antonio Huertas, presidente da Mapfre.
A nível global, registou-se um crescimento do mercado tanto no ramo Vida como Não Vida, com os prémios a crescerem 21%, tendo atingido 5.513 milhões de euros. Em Portugal, os prémios cresceram 36%, estando nos 132 milhões de euros. Nesta região, o negócio Vida cresceu 1,7 vezes o seu volume em relação ao ano anterior, atingindo 1.522 milhões de euros. Parte significativa (1.328 milhões) corresponde a Vida Poupança (face a 677 milhões em 2022), refere o comunicado.
A nível mundial, os prémios do grupo cresceram 14,7%, sem impacto relevante das taxas de câmbio. O crescimento foi especialmente expressivo nos sectores Não Vida (11,2%) e Vida (29,4%), impulsionado pelo desempenho positivo em Espanha e no Brasil. O registo de 307 milhões de euros referentes ao primeiro ano de um programa de riscos industriais no México também contribuiu para esse aumento.
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