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Portugal é o 4.º país mais seguro para a comunidade LGBTQ+

Num estudo que avaliou os 150 países mais turísticos do mundo, Portugal surge em quarto lugar dos países mais “gay friendly”. Em contraste, Nigéria, o Quatar e o Yemen são considerados os menos seguros devido às fortes leis que descriminam esta comunidade.
22 Novembro 2019, 12h59

Graças às suas leis anti-discriminação, Portugal é o destino mais hospitaleiro para a comunidade LGBTQ+ (lésbicas, gays, bissexuais, transgénero e queer), atrás da Noruega, Canadá e a Suécia, segundo um índice, divulgado esta sexta-feira, que analisou as condições dos direitos gay em 150 países.

De acordo com o Os Piores (E Mais Seguros) Países para os LGBTQ+ viajarem, divulgado esta sexta-feira, Portugal ocupa a quarta posição (306 pontos) situando-se atrás da Noruega que se encontra em terceiro lugar (307 pontos), o Canadá registado em segundo (309 pontos) e a Suécia a líderar o ranking (322 pontos).

Este ranking analisou os países mais visitados com base em oito fatores incluindo casamento legal entre pessoas do mesmo sexo, proteção legal dos trabalhadores e cidadãos e se, com base nas descobertas da empresa pesquisa Gallup, se é um bom lugar para viver. Os Estados Unidos, sendo um dos países com uma maior comunidade gay, não integra no top 10. Na verdade, surge apenas em 24.º lugar com 127 pontos. Segundo as conclusões do índice, este afastamento da liderança deve-se ao facto de que em algumas escolas advocacia homossexual, é proibida.

Lyric Fergusson, um dos autores do estudo explica: “Não há proteções constitucionais ou amplas para os direitos LGBTQ + sob a lei federal nos EUA. Além disso, em alguns estados, os jovens LGBTQ + não têm acesso a informações úteis, por causa das chamadas ‘ eis homo sem promoção’. Os EUA podem ter chegado longe, mas ainda há um longo caminho em termos de direitos LGBTQ +, especialmente para jovens transexuais”, explica.

Os autores do estudo também apontaram que em alguns países onde a homossexualidade não é realmente ilegal, o tratamento das pessoas LGBTQ+ é negativo ao ponto de pedirem cautela ou prevenção total. Esses países incluem: China, onde certos grupos e eventos foram proibidos e as leis de censura têm sido frequentemente usadas para remover conteúdo LGBTQ+ online; A Rússia, onde ativistas morreram ou desapareceram, e indivíduos que seguiram as leis russas do casamento gay foram forçados a fugir do país e Indonésia, onde os direitos LGBTQ+ são cada vez mais considerados uma “ameaça moral” e a homossexualidade pode resultar em humilhação e detenções públicas .

Em contraste, os países africanos e do Médio Oriente lideram a outra ponta do índice como os países menos seguros para se viver.  As relações entre pessoas do mesmo sexo são ilegais em 38 dos países da lista e puníveis com a morte em cinco (Nigéria, Quatar, Iémen, Arábia Saudita e Irão).

Alguns dos países onde é ilegal ser gay também são destinos turísticos populares, como a Jamaica, onde, numa pesquisa de 2013 com 71 pessoas LGBTQ conduzida pela Human Rights Watch, mais da metade afirmou ter sido vítima de violência homofóbica. O estudo concluiu que “aqueles que procuram países seguros para viagens com transexuais e gays devem reconsiderar destinos populares de férias como Malásia, Singapura, Marrocos, Birmânia e Egipto, bem como destinos de praia nas Caraíbas, como Santa Lúcia e Barbados”.

O site de viagens Gay Cities recentemente classificou o Brasil como o principal local em que os viajantes LGBT devem evitar viajar, com base na violência contra pessoas desta comunidade no país, um fator que não foi considerado no índice de perigo LGBTQ +, no qual o Brasil ficou em 28.º dos países mais seguros.

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