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Portugal entre os doze países com maior subida percentual de novos casos de Covid-19

Segundo uma análise da Universidade de Oxford, Portugal registou o 12º maior crescimento percentual na semana passada numa análise feita a 45 países, num ranking liderado pela República Dominicana, Chile e Alemanha.
  • Lusa
25 Junho 2020, 16h06

Portugal registou mais 2.401 casos confirmados por Covid-19 na semana passada, um valor que representa um aumento de 21% comparativamente com a semana anterior.

Esta subida faz com que Portugal ocupe a 12ª posição de países com mais casos confirmados durante o período de 16 de junho e 23 de junho, situando-se atrás da Índia e os Estados Unidos da América — ambos com um aumento de 24% — e à frente do Brasil, com 17%.

Foram recolhidos dados de 45 países para um estudo conduzido pela Universidade de Oxford, em parceria com o jornal “The Guardian“, que teve como objetivo analisar o estado da propagação do vírus numa altura em que grande parte do mundo se encontra em processo de desconfinamento.

A Bolívia foi quem registou um aumento mais agravado de novas infeções confirmadas (80,4%), seguido pela Argentina que contabilizou um crescimento de 64%.  Ambos ainda encontram-se numa fase de isolamento obrigatório. Republica Dominicana surge em terceiro com 42% no que toca a novos casos confirmados e Chile em quarto com um aumento de 40%. Segue-se depois a Colômbia com um aumento de 31%. O aumento dos casos nestes países da América Latina confirmam as declarações da Organização Mundial de Saúde que olham para a América do Sul como o novo epicentro da Covid-19.

No continente europeu, a Alemanha lidera a lista de países com maior percentagem de novos casos confirmados durante aquele período (36%), a seguir a Ucrânia que contabiliza um aumento de 29, e o Iraque com 28%.

Depois da Índia e dos EUA, surge a África do Sul com 21,6% e Portugal com 21,1%. De seguida, os analistas apontam o Brasil (17%), as Filipinas (16%), a Suíça (15%) e o Bangladesh, a França e o Panamá com um crescimento em 12% de novos casos.

A fechar o ranking, surge a Suécia com um salto de 11%, o Egipto com 8% e o Irão com 6,6%.

Esta percentagem de novos casos confirmados colocam Portugal na categoria de “Cauteloso à Medida que os Casos Aumentam”, juntamente com outros seis países: Republica Dominica, Chile, Índia, África do Sul, Brasil e Egipto. Ou seja, em termos de rigor, estes países têm uma pontuação que varia entre 70% a 80%, sendo que 0% traduz-se em nenhuma restrição e 100% em isolamento obrigatório absoluto.

De acordo com os dados do “The Guardian” e da Universidade de Oxford, dez dos países (Alemanha, Ucrânia, Estados Unidos, Suíça, Bangladesh, França, Suécia, Irão, Indonésia e Arábia Saúdita) que enfrentam “sérios aumentos nos casos confirmados por coronavírus” estão entre aqueles cujo as principais restrições já foram levantadas. Esses países, que se preparam para uma segunda vaga do surto, foram classificados como “Descontraído e em Ascensão”, tendo registado uma classificação de rigor abaixo dos 70%.

Espanha e Itália, que outrora eram considerados como o epicentro do vírus, integram agora na categoria de “Relaxado e em Recuperação” juntamente com outros nove países. “Há sinais positivos de que o número de casos noutros países com políticas menos rigorosas ainda está em queda”, lê-se no relatório. A classificação de rigor para estes países situa-se, em média, abaixo dos 60% e 70%.

“Isso inclui países que impuseram fortes bloqueios após sofrerem as primeiras ondas iniciais, como Itália e Espanha, além de outros que não travaram com tanta força, como a Bielorrússia. Itália e Espanha, que coletivamente registaram quase meio milhão de casos e 62 mil mortes, registaram o número semanal de novos casos a cair mais de um quarto, apesar das medidas de bloqueio terem relaxado significativamente”.

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