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Portugal já representa 10% das exportações mundiais de framboesas e amoras

“Nos últimos anos, o preço de exportação dos pequenos frutos são superiores ao preços de importação, à exceção do mirtilo. Isso está associado à qualidade dos produtos produzidos em Portugal”, sublinha Sandra Primitivo, da EY, esta terça-feira.
14 Janeiro 2025, 12h33

Portugal já é responsável por 10% das exportações mundiais de framboesas e amoras, com essa produção concentrada no Perímetro de Rega do Mira, de acordo com informação avançada por Sandra Primitivo, da EY, esta terça-feira no âmbito da apresentação do relatório sobre Plano de Impactos da Produção e Comercialização de Pequenos Frutos, em parceria com a Lusomorango.

Explicou esta especialista que em 2022, a produção mundial destes pequenos frutos cresceu 37% é dominada pelos morangos e que Portugal “exporta mais 80% das framboesas que produz”. De acordo com o estudo da EY, amoras e framboesas foram as principais culturas por produtividade do Perímetro de Rega do Mira em 2023.

Em Portugal, a principal produção, a partir de 2014, passou a ser de framboesa (45%), seguida do morango e mirtilo, de acordo com informação avançada por Sandra Primitivo no debate que teve lugar na sede da EY, esta terça-feira, em Lisboa.

“Nos últimos anos, o preço de exportação dos pequenos frutos são superiores ao preços de importação, à exceção do mirtilo. Isso está associado à qualidade dos produtos produzidos em Portugal”, sublinha.

“Nesta atividade, a componente local é muito importante: a concentração da produção de pequenos frutos em Odemira, o facto de ser necessário mão de obra intensiva e a integração de elementos locais na cadeia de produção. É muito importante que se consiga atrair população para estas zonas”, explicou Sandra Primitivo.

A escassez de água no sudoeste alentejano reduz em mais de um terço o impacto económico da produção de pequenos frutos em Portugal, de acordo com o um estudo da consultora EY Parthenon feito para a Lusomorango que será apresentado esta terça-feira, 14 de janeiro, em Lisboa.

O impacto no valor acrescentado bruto (VAB, indicador da riqueza gerada na produção, descontando o valor dos bens e serviços consumidos para a obter) do negócio de pequenos frutos em Portugal atingiu 916 milhões de euros em 2023, o último ano para que há dados disponíveis, refletindo um crescimento de 29,1% face a 2022. Em cinco anos, o aumento foi de 88%.

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