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Portugal paga as taxas mais baixas de sempre para emitir dívida a seis e a doze meses

O Tesouro colocou 1.250 milhões de euros em dívida a 12 meses, com uma taxa de alocação de -0,497%, abaixo do último leilão. Na emissão a seis meses, pagou -0,52% para colocar 500 milhões de euros.
16 Setembro 2020, 10h46

Portugal pagou menos para colocar 1.750 milhões de euros em dívida de curto prazo, o montante máximo pretendido, num leilão duplo realizado esta quarta-feira. O IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública pagou não só abaixo do último leilão comparável, em julho, quando já tinha conseguidos taxas de alocação mais baixas para a emissão de Bilhetes do Tesouro a seis e 12 meses, mas conseguiu as taxas mais baixas de sempre.

O Tesouro colocou 1.250 milhões de euros em dívida a 12 meses, com uma taxa de alocação de -0,497%, que compara com os -0,452% do último leilão. Emitiu ainda 500 milhões de euros em dívida a seis meses, a uma taxa de juros de -0,52%, que compara com os -0,467%.

“Volta a ser um leilão com sucesso, com as taxas nestes leilões de curto prazo a atingiram os valores mais baixos do ano” salienta Filipe Silva, diretor de investimentos do Banco Carregosa, que acrescenta que as taxas para estas maturidades foram também as mais baixas de sempre. “Os discursos dos vários banqueiros centrais têm sido claros, as taxas irão manter-se baixas ou negativas por um período longo de tempo”, frisa.

Ainda assim, a procura sofreu uma quebra face ao último leilão. Na emissão a doze meses superou 1,86 vezes a oferta, enquanto em julho tinha registado 2,54 vezes. Já na colocação a seis meses superou a procura superou a oferta em 2,36 vezes a oferta face aos 3,64 vezes do leilão de julho.

“As taxas obtidas, acabam por refletir a conjuntura global que vivemos, que vai no sentido de beneficiar os emitentes de dívida em detrimento dos investidores, no entanto sempre com o sentido de que a prazo, a economia irá recuperar”, assinala o analista do Banco Carregosa, sublinhando que “os discursos dos vários banqueiros centrais têm sido claros, as taxas irão manter-se baixas ou negativas por um período longo de tempo”.

(Atualizado às 11h14)

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