O Governo revelou hoje os valores que são necessários para fomentar várias fontes de energia em Portugal até ao final desta década. No mínimo, são necessários 45 mil milhões de investimento para atingir metas de renováveis. No máximo, atingirá 60 mil milhões de euros, um valor que presenta 25% do PIB português, segundo as contas do ministério do Ambiente e da Ação Climática (MAAC)
“Com base em estimativas realizadas pelo nosso Ministério, até 2030 o setor energético português mobilizará investimento de pelo menos 60 mil milhões de euros. Esta avaliação, conservadora, baseia-se nos objetivos estabelecidos nos vários planos que enquadram as políticas de transição energética e de descarbonização do setor energético”, disse hoje o ministro do Ambiente Duarte Cordeiro no Parlamento.
Na energia eólica, “tendo por base a potência instalada no final de 2022, para o cumprimento das atuais metas do PNEC 2030 será necessário aumentar a capacidade eólica em 3,4 GW, o que representa um investimento entre 4 e 4,5 mil milhões de euros”.
Na energia solar fotovoltaica, “será necessário aumentá-la em 6,4 GW, o que representa um investimento entre 4,3 e 4,7 mil milhões de euros”.
Na energia eólica offshore, Duarte Cordeiro destacou que “está em curso a discussão pública das áreas marítimas onde consideramos ser possível instalar unidades eólicas offshore, para lançarmos o anunciado leilão de 10 GW. É expetável que o investimento se cifre entre 30 e 40 mil milhões de euros”.
O governante também destacou os investimentos necessários na rede nacional de transporte de eletricidade, tendo já sido aprovados 430 milhões de euros até 2026.
Na Estratégia Nacional para o Hidrogénio está previsto um “investimento em projetos de produção entre 7.000 milhões e 9.000 milhões de euros e apoios ao investimento e à produção de 900 milhões, até 2030”.
“A estes valores, junta-se ainda o investimento no corredor verde de gasodutos (204 milhões, sem contar com os enablers), que atravessará a Península Ibérica, até Marselha”, apontou.
Com o apoio do POSEUR e do PRR, serão mobilizados 760 milhões “para projetos de eficiência energética, seja de edifícios residenciais, seja de outras categorias de edificado”.
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