[weglot_switcher]

Portugal pretende duplicar verbas do Horizonte Europa 2021-2027 para dar apoio à investigação e inovação

Para que Portugal consiga arrecadar dois mil milhões de euros do Horizonte 2021-2027 terá que apostar no desenvolvimento, inovação e investigação de projetos viáveis, sustentáveis e úteis à sociedade. “Este é o grande desafio da próxima década. Portugal está preparado para o fazer”, acrescentou o presidente do Instituto Superior Técnico.
22 Outubro 2020, 13h49

Ao abrigo do programa-quadro plurianual Horizonte Europa 2021-2027 da Comissão Europeia, que irá disponibilizar 100 mil milhões de euros para apoiar o desenvolvimento de projetos europeus, Portugal estabeleceu uma meta para receber cerca de dois mil milhões de euros para o mesmo propósito, o dobro do que recebeu no quadro do programa Horizonte 2020.

A garantia foi dada, esta quinta-feira, pelo Presidente da Agência Nacional de Inovação (ANI) durante o segundo dia do Portugal Air Summit, que decorre em Ponte de Sor.

“Dentro do orçamento de 100 mil milhões de euros para a União Europeia (UE), Portugal tem uma meta de conseguir dois mil milhões”, explicou Eduardo Maldonado “O que significa duplicar a verba que conseguimos nos últimos sete anos”.

Segundo o responsável, no programa-quadro do Horizonte 2020 o orçamento foi de 70 mil milhões de euros dos quais Portugal recebeu 1.100 milhões de euros para apoiar os programas de investigação e da inovação nacionais. “Agora a nossa meta é duplicar”, continuou.

Para que esse montante seja concretizado, nomeadamente para o setor da aviação, será necessário desenvolver projetos na área da sustentabilidade, palavra que está na ordem do dia entre os parceiros e órgãos europeus.

“Na aviação a meta é conseguir que o sistema de aviação seja sustentável em termos de emissões de carbono, portanto, carbono zero. Queremos produzir uma nova geração de aeronaves cujo os sistemas não contribuam para o aquecimento global”, adiantou Maldonado. “Portugal tem que estar alinhado e ter metas coincidentes com a União Europeia”, reforçou.

“Estes fundos não vão cair do céu”, referiu o presidente do Instituto Superior Técnico (IST). “Temos que estar preparados para os ir buscar apresentando projetos viáveis, sustentáveis e úteis à sociedade. E este é o grande desafio da próxima década. Portugal está preparado para o fazer”, acrescentou Rogério Colaço.

Para isso será necessário reforçar as parcerias entre as empresas e universidades através da promoção de projetos. “Neste momento, Portugal tem um conjunto de instituições de desenvolvimento, inovação e investigação de grande qualidade em termos internacionais. Neste momento, sinto que o IST e a congéneres nacionais estão preparadas e treinadas para ir buscar estes fundos de financiamento europeus através de projetos competitivos”, defendeu o responsável da instituição.

O Horizonte 2021-2027 é o mais recente programa-quadro de investigação e inovação da UE que tem como objetivo reforçar as bases científica e tecnológica do bloco europeu, prestar apoio ao Espaço Europeu da Investigação (EEI) e aumentar a capacidade de inovação, a competitividade e o emprego na Europa.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.