Quando se olha para o resto da Europa, em nenhum Estado-membro se verificou uma distribuição igual entre géneros dos cargos de gestão no terceiro trimestre de 2020. A taxa mais alta verifica-se na Letónia, com 45% das mulheres a ocuparem estes cargos. A média europeia situa-se nos 34%, de acordo com os dados divulgados, esta sexta-feira, pelo Eurostat.
De acordo com os dados, Portugal fica acima da média europeia no número de mulheres na gestão, com uma taxa de 36%, apesar de se situar a meio da tabela quando comparado com os restantes Estados-membros. Esse valor é partilhado por países como Estónia, Espanha, França, Eslováquia e Lituânia.
A par com a Letónia, surge a Polónia (44%), seguidos pela Bulgária, Hungria, Eslovénia e Suécia (todos com 42%). Já no extremo oposto, na Croácia (24%), Países Baixos (26%) e Chipre (27%), as mulheres representam apenas cerca de um quarto dos gestores.
Fora da União Europeia, o Eurostat informa que a taxa da Islândia é de 40%, 35% na Suíça e 34% na Noruega.
Feita a análise, é possível concluir que em nenhum Estado-membro da União Europeia as mulheres chegam a ocupar metade dos cargos de gestão. Isto apesar de as mulheres representarem quase metade de todas as pessoas empregadas na UE (46%).
O orgão de estatística europeu informa ainda que, no terceiro trimestre de 2020, mais de 9,5 milhões de pessoas ocupavam cargos de gestão na UE, dos quais 6,2 milhões homens e 3,3 milhões mulheres, ou seja 34%. No ano anterior, quando se deu inicio a esta série, esse valor era de 30%.
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