Portugal registou, de janeiro a março de 2021, em termos homólogos, um aumento de 4% do pescado fresco descarregado, passando de 15.815 toneladas em 2020, para 16.455 toneladas em 2021, tendo as “capturas em águas nacionais, contribuindo significativamente para este aumento”, revela a Direção-Geral de Recursos Naturais e Segurança e Serviços Marítimos (DGRM) no relatório estatístico da pesca, relativo ao 1º trimestre de 2021.
Ainda assim, devido aos efeitos da pandemia Covid-19, as quantidades de peixe fresco e refrigerado descarregado foram substancialmente inferiores a 2019, que tinha registado 23 086 toneladas, adianta
Esta edição do “DATAPESCAS” contém a divulgação de elementos estatísticos disponíveis, relativos aos meses de janeiro a março de 2021 (embora ainda provisórios), comparando-os com os registados nos períodos homólogos dos anos de 2019 e 2020.
Tanto a Madeira como os Açores registaram em 2021 um decréscimo das descargas de pescado, face ao período homólogo, com quebras de 31% (- 293 toneladas) e 17% (- 198 toneladas), respetivamente.
Em termos relativos, Olhão registou o maior aumento do país com 58% face ao período homólogo, passando as vendas em lota de 1.177 para 1.861 toneladas. Também as lotas de Aveiro (+ 892 toneladas) e Vila Real de Santo António (+ 95 toneladas) registaram aumentos em 2021 de mais de 50% face ao período homólogo de 2020, referem os mesmos dados.
Contrariamente, as lotas de Cascais, Tavira e Sines, registaram uma quebra acentuada face ao período homólogo, respetivamente de 84%, 42% e 43%. Em termos de quantidades desembarcadas por espécie, no Continente, a maior variabilidade observa-se no berbigão, com um aumento de 269%, e no carapau negrão, com 190%.
No que diz respeito às modalidades de pesca (arrasto, cerco e polivalente) por região, destaca-se o Centro e o Algarve com aumentos face a 2020, adianta a informação oficial, esclarecendo que a pesca denominada como polivalente é a que tem maior peso, a nível global. Em 2021, foram capturadas pelas embarcações polivalentes 1.629 toneladas no Norte de Portugal, 2.940 toneladas no Centro e 2.098 toneladas no Algarve.
O mesmo documento considera importante “relembrar que 2020 foi um ano atingido pela pandemia Covid-19, o que influencia os resultados estatísticos referentes a esse período analisado”.
“Numa perspetiva global, observa-se em 2021 um aumento da captura de peixe fresco face a 2020, certamente muito contribuindo a assimilação progressiva das medidas de combate à pandemia, que permitiram ao setor manter a atividade da pesca em segurança e transmitir confiança aos mercados”.
Recorda-se que a DGRM, tem como “missão o desenvolvimento da segurança e dos serviços marítimos, incluindo o setor marítimo-portuário, a execução das políticas de pesca, da aquicultura, da indústria transformadora e atividades conexas, a preservação e conhecimento dos recursos marinhos, bem como garantir a regulamentação e o controlo das atividades desenvolvidas nestes âmbitos”.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com