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Portugal tem 13 cientistas nos mais citados do mundo

Representam apenas 1% do publicado, mas são um indicador do impacto da ciência no mundo. Falamos dos artigos “altamente citados”, onde de ano para ano cresce o número de portugueses.
8 Fevereiro 2019, 00h17

Em 2018, Nuno Peres, físico da Universidade do Minho, foi o cientista a trabalhar em Portugal mais citado no mundo por outros investigadores. Já o tinha sido em 2017. O catedrático da Escola de Ciências da UMinho, de 51 anos, coordena o “Graphene Flagship”, um dos maiores programas científicos europeus, que envolve mil milhões de euros. Em 2004 foi o primeiro português a investigar o grafeno, forma bidimensional do carbono, com potenciais aplicações em eletrónica, fotónica, materiais compósitos, sensores e saúde.

Na lista de 2018 dos artigos “altamente citados”, matéria-prima a partir da qual é elaborado o ranking da Clarivate Analytics, empresa que adquiriu as bases Web of Science da Thomson Reuters, figuram 4.000 cientistas, dos quais 14 trabalham em Portugal, mais oito do que na edição anterior. Dos 14, quatro trabalham na Universidade do Minho e são, além de Nuno Peres, José Teixeira, o segundo mais citado dos investigadores a trabalhar em Portugal, António Vicente e Miguel Cerqueira, ambos na área das ciências agrárias.

A lista da Clarivate Analytics integra também três cientistas do Politécnico de Bragança: Isabel Ferreira, Lillian Barros e Letícia Estevinho em cross-field; quatro da Universidade de Lisboa: Luís Santos Pereira, na área de ciências agrárias, Mário Figueiredo, de engenharia, José Bioucas-Dias, em geociências e Alan Phillips em ciência de plantas e animais; dois da Universidade de Évora – Miguel Araújo em ambiente/ecologia, e Pedro Areias; e um da Universidade Nova de Lisboa, Jörg Henseler, em economia.

Na lista constam ainda outros portugueses, mas que desenvolvem atividade fora do país: Caetano Reis e Sousa (Francis Crick Institute, Reino Unido) Gonçalo Abecasis (Universidade de Michigan, EUA) e Inês Barroso (Universidade de Cambridge e Wellcome Trust Sanger Institute, Reino Unido).

O ranking de 2018 é dominado por cientistas dos EUA, Reino Unido e China e inclui Prémios Nobel.

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