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Portugal tem de demonstrar a Bruxelas que bitola europeia não traz vantagens

O “Diário de Notícias” revela esta quinta-feira que para avançar com a construção das linhas de Alta Velocidade como planeado, com os carris na bitola ibérica, o país tem de justificar a decisão.
22 Agosto 2024, 09h32

Portugal tem de apresentar a Bruxelas um estudo socioeconómico que demonstre que a bitola europeia não traz vantagens para avançar com a construção das linhas de Alta Velocidade como planeado, com os carris na modalidade ibérica, revela esta quinta-feira, 22 de agosto, o “Diário de Notícias”.

Esta obrigatoriedade deve-se a um novo regulamento europeu, que estipula 19 de julho de 2026 como data limite para apresentação do referido estudo.

Segundo o DN, a “avaliação que indique as linhas ferroviárias existentes situadas nos corredores europeus de transporte, tendo em vista a eventual migração destas para a bitola nominal da norma europeia de 1.435 mm” deve “incluir uma análise dos custos e benefícios socioeconómicos quanto à viabilidade da possível migração” e uma “avaliação do impacto” da alteração na interoperabilidade, isto é, na possibilidade de um mesmo comboio circular em vários países sem necessitar de grandes alterações.

A mesma análise, escreve ainda o jornal, tem de ser feita no caso de o país “não construir novas infraestruturas ferroviárias em conformidade com a bitola nominal da norma europeia de 1435 mm e uma avaliação do impacto na interoperabilidade”. Nos troços ferroviários que envolvem Portugal e Espanha, o processo terá de ser coordenado pelos dois países.

“No máximo um ano depois de submetida a avaliação, Portugal tem de indicar as linhas que se situam nos corredores transeuropeus e qual deve ser o calendário da migração”, acrescenta ainda a notícia.

O Governo anterior em que o atual líder do PS, Pedro Nuno Santos, foi ministro das Infraestruturas, optou por investir em bitola ibérica de via única, com travessas polivalentes, contrariando muitos especialistas e empresários.

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