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Portugal volta a atingir novo recorde de mortes e de novos casos nas últimas 24 horas

Mais 166 óbitos e 10.947 novos casos por Covid-19 nas últimas 24 horas. É o pior dia de sempre desde o início da pandemia em Portugal.
16 Janeiro 2021, 14h17

É o pior dia de sempre desde o início da pandemia no país há 10 meses. Portugal voltou a atingir hoje novo recorde de mortes e de novos casos por Covid-19 nas últimas 24 horas.

Um total de mais 166 óbitos e 10.947 novos casos por Covid-19 nas últimas 24 horas, segundo os dados hoje divulgados pela Direção-Geral da Saúde (DGS), no segundo dia de novo confinamento geral.

O país conta até à data de hoje com um total de 8.709 óbitos e um total de 539.416 casos confirmados.

Lisboa e Vale do Tejo é a região que registou mais mortes nas últimas 24 horas: 69 vítimas mortais. Segue-se a região norte (46), região centro (28), Alentejo (17), Algarve (5) e Madeira (1).

Em termos de novos casos, foram registados 3.795 novos casos tanto na região de Lisboa e Vale do Tejo como na região norte. Segue-se a região centro (2.136), o Alentejo (510), o Algarve (402), Madeira (79) e Açores (50).

Atualmente, existem 93 doentes com Covid-19 em internamento e 16 internados em unidades de cuidados intensivos.

Segundo a DGS, existem mais 2304 casos ativo, mais 8.477 casos recuperados, e 12.661 contactos em vigilância.

Ambulâncias fazem fila à porta de hospitais em Lisboa e Torres Vedras

Nas últimas 24 horas, foram publicadas nas redes sociais fotografias e vídeos a darem conta de muitas ambulâncias à porta das urgências, com os hospitais a não conseguirem dar resposta

No hospital Santa Maria em Lisboa, uma fotografia mostra seis ambulâncias à porta das urgências. Em Torres Vedras, um vídeo mostra cerca de 10 ambulâncias à porta do hospital à espera para deixar doentes.

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses denunciou hoje que há doentes a passarem “horas nas macas das ambulâncias”, sem conseguirem lugar nos hospitais.

“Chegamos aos hospitais, não há macas, e muitas vezes eles estão horas nas nossas macas, alguns dentro das próprias ambulâncias, a ponto de já terem morrido cidadãos dentro das próprias ambulâncias, e muitas vezes as nossas macas ficam lá retidas, nos corredores, nas urgências, onde efetivamente esses hospitais se servem do nosso equipamento para garantir o resguardo dos doentes, já que não têm capacidade com camas, nem com macas”, disse Jaime Marta Soares à Lusa.

O hospital de Santa Maria reconheceu que existe uma “grande pressão assistencial”, mas rejeita que haja uma “situação de caos”.

Esta unidade conta com 201 internados com Covid-19, 44 na unidade de cuidados intensivos (UCI).

O hospital diz que “perante a grande pressão na urgência dedicada a doentes respiratórios e nos internamentos, o Centro Hospitalar de Lisboa Norte alargou o plano de contingência covid”.

Em Torres Vedras, o hospital reconheceu que a última noite “foi muito complicada”.

“A situação esteve muito complicada, porque não havia lotação e tivemos de criar mais uma enfermaria com 21 camas”, disse a presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar do Oeste (CHO), Elsa Baião, à agência Lusa. Desta forma, a capacidade internamento para a Covid-19 aumentou de 45 para 66 camas.

A responsável adiantou que “a situação é mais preocupante por causa do surto ativo [com um total de 157 casos] dentro da unidade, motivo pelo qual as equipas estão mais reduzidas, e por ser uma região com um número elevado de camas de lar”, segundo a Lusa.

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