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Portugueses costumam andar com 22 euros na carteira

A maior parte da população nacional ainda sai sempre de casa com algum ‘dinheiro vivo’, mas os homens costumam ter, em média, mais seis euros nos bolsos do que as mulheres, acordo com uma análise da Mastercard e da empresa de estudos de mercado Ipsos Apeme.
8 Abril 2019, 12h12

O adeus ao cash pode não estar assim tão próximo, pelo menos, em Portugal. Mais de 90% dos portugueses trazem sempre consigo algum dinheiro na carteira (em média, 22 euros) e costuma fazer levantamentos 30 euros nas caixas automáticas, concluiu um inquérito da Mastercard e da empresa de estudos de mercado Ipsos Apeme, divulgado esta segunda-feira.

O estudo “Quanto dinheiro trazem os portugueses na carteira” – baseado numa amostra de 500 entrevistas realizadas no passado mês de fevereiro – demonstrou, contudo, que o valor difere consoante a faixa etária e o género. Os mais jovens disseram que só costumam ter 16 euros nos bolsos mas andam com mais ao fim de semana, enquanto os mais velhos apontaram 25 euros. Já os homens trazem, em média, mais seis euros na carteira (25,5 euros) do que as mulheres (19,6 euros) e levantam cerca de 10 euros a mais.

Além disso, pouco mais de metade (53%) dos participantes no estudo declarou ter um cartão de crédito, e sete em cada 10 garantiu ter só um cartão de débito. O diretor geral da Mastercard em Portugal não tem dúvidas: “Os portugueses ainda têm uma relação muito forte com o dinheiro”.

No entanto, Paulo Raposo sabe que a tecnologia contactless está a ganhar cada vez mais expressão (55%), porque a maioria dos inquiridos que confirmou ter este tipo de cartões (66%) disse que os utiliza regularmente para pagamentos até 20 euros. “Isso é muito importante porque é o passo intermédio natural para a adopção das novas soluções digitais de pagamento e que serão essas que vão possibilitar a mudança mais acelerada para uma sociedade cashless”, defende.

Para o country manager português desta multinacional de pagamentos, as designadas sociedades sem dinheiro («vivo») fazem com que se diminuam os custos de manipulação monetária – que, na União Europeia equivalem a 1,5% do PIB – e se ganhe equidade fiscal. “Com os pagamentos digitais, a fraude e a evasão fiscal tendem a diminuir por ser mais fácil às autoridades tributárias rastrearem todos os movimentos financeiros”, refere, em comunicado.

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