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Portugueses não gostam de estar em regime de teletrabalho, conclui estudo da Universidade Europeia

Um estudo da Universidade Europeia que faz a análise à gestão do trabalho remoto durante o Estado de Emergência contribui para se concluir que a maioria das pessoas prefere o ambiente normal de trabalho à alternativa caseira.
29 Abril 2020, 16h28

Um estudo da responsabilidade da Universidade Europeia revela que a maioria dos portugueses preferia não estar em teletrabalho. Num quadro em que cerca de 90% dos portugueses encontra-se em regime de teletrabalho, a maioria (65%) preferia não estar, embora apenas uma reduzida percentagem de participantes se encontre “nada satisfeito” ou “pouco satisfeito” com a situação, refere o estudo.

A maioria dos participantes identificou o ganho de tempo como a principal vantagem do teletrabalho (79%), sendo a principal desvantagem a sensação de afastamento dos colegas (76%) e a principal dificuldade a “mistura” entre a vida profissional e familiar (56%).

Por outro lado, as principais repercussões do teletrabalho para os portugueses aparentam ser a sensação de maior isolamento pessoal em relação aos outros, o número excessivo de horas de trabalho e a influência negativa na postura.

O estudo mostra ainda que as mulheres, comparativamente com os homens, reportam um nível de stress e cansaço mais elevado e a maioria dos inquiridos com filhos identificam níveis mais elevados de conflito trabalho-família, stress e cansaço.

A Universidade Europeia desenvolveu um estudo sobre os ‘Desafios da Gestão de Pessoas em Trabalho Remoto’ com o objetivo de caracterizar quais os principais desafios que se colocam às empresas, à gestão de pessoas e às próprias pessoas, que na presente conjuntura de combate à propagação de Covid-19 estão a trabalhar remotamente, refere a instituição em comunicado.

Segundo os resultados do estudo, do total de 539 respostas avaliadas, a maioria dos portugueses inquiridos trabalha em regime de full-time (96%), estando também a maior parte em situação de isolamento social (84%).

Como conclusões do estudo destacam-se  o facto da gestão de pessoas dever assumir alguns princípios, como padrões e medidas de promoção da saúde ocupacional, do equilíbrio emocional e do bem-estar pessoal, nomeadamente o “direito à desconexão” e a limitação dos espaços de trabalho. Regulação dos tempos de trabalho e medidas de promoção da produtividade, ‘(re)educação’ de trabalhadores e chefias, contrato de trabalho específico para teletrabalho e suas condições são algumas das restantes medidas que importa implementar.

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