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PPM concorre sozinho às legislativas e impede utilização da sigla AD

O Partido Popular Monárquico (PPM) vai concorrer sozinho às próximas eleições legislativas e recusa que o nome Aliança Democrática seja usado. O presidente do PPM, Paulo Estevão, garante ao OJE que “a decisão é irreversível”. Alguns políticos do PSD e do CDS estão já a chamar a nova coligação de Aliança Democrática, ou AD. Do […]
10 Maio 2015, 17h08

O Partido Popular Monárquico (PPM) vai concorrer sozinho às próximas eleições legislativas e recusa que o nome Aliança Democrática seja usado. O presidente do PPM, Paulo Estevão, garante ao OJE que “a decisão é irreversível”.
Alguns políticos do PSD e do CDS estão já a chamar a nova coligação de Aliança Democrática, ou AD. Do ponto de vista legal não temos nenhuma dúvida de que não podem utilizar o nome nem a sigla AD porque essa tem o registo de três partidos. Se há dois que a querem usar é ilícito”, disse Paulo Estevão ao OJE.

Na reunião da Comissão Política Nacional e Conselho Nacional do PPM deste fim-de-semana decidiu-se indicar Gonçalo da Câmara Pereira para cabeça-de-lista pelo círculo eleitoral do distrito de Lisboa. Como objetivo político, o PPM assume a “eleição de pelo menos um deputado por este círculo eleitoral”.

O líder dos monárquicos adianta ainda que enviaram uma carta no dia 17 de abril em que “mostrámos a nossa disponibilidade para iniciar negociações para uma coligação e não nos foi dada resposta. Isto quando no anúncio conjunto, de Passos Coelho e Paulo Portas, foi anunciado que estavam a abertos à entrada de outros movimentos e partidos. Temos um enorme trabalho de logística pela frente e decidimos avançar sozinhos. Não podemos ficar à espera de uma resposta que não surge”.

Para Paulo Estevão, a “decisão é irreversível, mesmo que nos contactem agora. Tomámos a decisão de avançar e mantemos a nossa palavra. Somos um partido com 41 anos, que sempre concorreu em todos os distritos do país. Vamos avançar independentemente do que venah a acontecer”.

Por unanimidade, após reunião durante o fim de semana, em Lisboa, o PPM decidiu avançar sozinho para as eleições depois de não terem recebido qualquer resposta para a sua pretensão em recriar a coligação pré-eleitoral Aliança Democrática, que juntou no governo, em 1980, monárquicos, PSD e CDS.

Em comunicado, o PPM relata como manifestou publicamente a vontade em juntar-se ao PSD e CDS, que assinaram uma declaração conjunta em meados de abril, sem pedir um “eventual posicionamento dos candidatos em lugares elegíveis nas listas de candidatura”.

“A nossa única pretensão era participar, de forma ativa e empenhada, na elaboração de um programa eleitoral reformista, patriótico, humanista e progressista para Portugal, na linha do que representou historicamente a AD de Sá Carneiro, Freitas do Amaral e Gonçalo Ribeiro Telles”, garante o PPM.

Ao considerar que o “património político e legal da Aliança Democrática (AD) pertence aos três partidos que a criaram em 1979”, o PPM recusa que a designação seja utilizada se não estiverem presentes todas as forças.

Para prevenir qualquer tentativa do PSD-CDS recuperar a designação AD, os monárquicos já preveniram o “Tribunal Constitucional e a Comissão Nacional de Eleições da usurpação e da ilegalidade que significaria a utilização desta designação por parte de qualquer coligação que não integre o PPM”.

Carlos Caldeira

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