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Presidente garante que doença em Cabo Verde está “sob controlo” mas pede “melhorias” no comportamento responsável

O chefe de Estado cabo-verdiano falava aos jornalistas após uma visita no bairro da Achada de Santo António, centro da Praia, aos locais onde decorre a massificação de testes rápidos à circulação do novo coronavírus na comunidade e imunidade à Covid-19.
20 Junho 2020, 19h31

O Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, afirmou hoje que a pandemia da Covid-19 no arquipélago está “sob controlo”, embora admita a necessidade de “melhorias” no combate, desde logo com o comportamento responsável da população.

“Evidentemente que se pode sempre especular se podíamos estar numa situação melhor ou não. Mas é uma situação sob controlo, mas isto não depende apenas do trabalho das autoridades de saúde, da proteção civil, do Governo. Para continuarmos numa situação de controlo da epidemia e para eventualmente baixarmos os níveis de propagação, tem que haver a colaboração, que é fundamental, das pessoas”, afirmou Jorge Carlos Fonseca.

O chefe de Estado cabo-verdiano falava aos jornalistas após uma visita no bairro da Achada de Santo António, centro da Praia, aos locais onde decorre a massificação de testes rápidos à circulação do novo coronavírus na comunidade e imunidade à Covid-19.

Apelou à “responsabilidade individual” dos cabo-verdianos para “proteger o país”, quando se multiplicam críticas generalizadas às multidões que continuam a registar-se na Praia, apesar dos alertas das autoridades.

A acompanhar a visita do Presidente da República esteve o ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, que destacou a forte adesão da população, no último mês, à realização destes testes rápidos — que não são de diagnóstico —, levados a cabo pela proteção civil, autoridades de saúde e Cruz Vermelha de Cabo Verde.

“Já realizamos só aqui na cidade da Praia cerca de 16.000 testes, não só nos bairros como nas instituições (…) O objetivo principal é avaliar a circulação do vírus na comunidade”, explicou.

Cabo Verde regista um acumulado de 863 casos de infeção com Covid-19 em três meses (primeiro caso foi diagnosticado em 19 de março), que provocaram oito óbitos, enquanto 377 já foram considerados recuperados.

Um cenário que o chefe de Estado descreveu como “bastante razoável”, mas insistindo na necessidade de a população cumprir com as regras de higiene sanitária e de distanciamento social.

“Basta que 10% [da população] não cumpra as regras para que isso possa ter efeitos tremendos, terríveis”, sublinhou Jorge Carlos Fonseca.

A massificação dos testes rápidos, sobretudo na cidade da Praia, que concentra 622 casos acumulados da doença, é uma opção que o Presidente da República, após visitar os locais de teste, em tendas montadas pela Cruz Vermelha, defendeu como “importante para que Cabo Verde possa conter até onde for possível a progressão da epidemia”.

“Nestas coisas não devemos ser imprudentes quando fizermos as avaliações. Até ao momento, o número de casos positivos que nós temos, o número de pessoas recuperados, o número de óbitos, podemos considerar que a situação está sob controlo”, afirmou ainda Jorge Carlos Fonseca.

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