O preço do cobre atingiu um novo máximo na negociação em Londres perante a iminência de um novo acordo entre a China e os EUA que vai fomentar as trocas comerciais entre as duas potências, com Washington a reduzir as tarifas sobre produtos chineses.
Os futuros a três meses atingiram mais de 11,1 mil dólares por tonelada na bolsa londrina de metais, superando o recorde de 2024. Vai agora a caminho do seu melhor ano desde 2017, segundo a “Bloomberg”.
O metal é considerado um bom indicador do crescimento económico global e é crucial para o setor industrial. É um metal essencial também para a transição energética, servindo para equipar componentes usados na produção de energias renováveis, baterias para carros elétricos ou centros de dados.
Este tem sido um ano tumultuoso para o cobre, com problemas nas maiores minas do Chile, África e Indonésia que têm causado problemas de fornecimento a nível global.
Ao mesmo tempo, as tarifas norte-americanas têm causado distorções de preço entre os EUA e a bolsa londrina, isto apesar de Donald Trump ter decidido não impor mais tarifas sobre o metal, até 2027. O mercado americano está agora a acumular stocks para se preparar para futuras tarifas, pressionado o preço noutros mercados.
Com as minas a sofrerem dificuldades, e com os inventários americanos a acumular, os analistas do Morgan Stanley preveem que o mercado global de cobre enfrente em 2026 o seu pior défice em mais de 20 anos.
A indústria mineira tem lutado para dar resposta à procura de cobre ao longo dos anos, mas os incidentes nas minas expuseram a fragilidade do ecosistema global do cobre.
A expetativa é que a produção global venha a recuar este ano, o que vai acontecer pela primeira vez desde a pandemia da Covid-19.
“Os preços do cobre estão a apoiados com base no aumento do otimismo sobre um potencial acordo entre a China e os EUA”, disse Craig Lang do CRU Group à “Bloomberg”. A falta de metal fora dos EUA também suporta o preço.
O cobre – negociado em dólares – também conta com a ajuda da moeda mais fraca este ano, com o metal a tornar-se mais atrativo para compradores estrangeiros.
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