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Presidente da Argentina alerta não existir alternativa para “choque fiscal”

“O governo cessante deixou-nos no caminho da hiperinflação. Faremos tudo o que conseguirmos para evitar essa catástrofe”, disse Milei após tomar posse.
President of Argentina Javier Milei hands the presidential baton to his sister Karina Milei after being sworn in at the National Congress in Buenos Aires, Argentina, 10 December 2023. The far-right libertarian economist Milei was sworn in at the National Congress to become president of the South American country for the period 2023-2027 after winning the runoff election on 19 November. EPA/Juan Ignacio Roncoroni
10 Dezembro 2023, 18h09

Javier Milei tomou hoje posse como Presidente da Argentina. No seu discurso após ser empossado para o mandato até 2027, o ultraliberal alertou que não tem alternativa a não ser um “choque fiscal doloroso” para resolver a crise económica sentida na Argentina.

Atualmente, a inflação na Argentina caminha a passos acelerados para os 150%, o que tem colocado pressão nas contas dos cidadãos.

“Não existe alternativa a não ser um ajustamento de choque”, apontou já após tomar posse. Para Milei, “hoje começa uma nova era”, após “uma longa e triste história de decadência e declínio”.

“O governo cessante deixou-nos no caminho da hiperinflação. Faremos tudo o que conseguirmos para evitar essa catástrofe”, disse no seu discurso, lançando duras críticas ao governo de Alberto Fernandez.

Sem grande detalhe, Milei assumiu que entre as principais medidas está um ajuste fiscal equivalente a 5% do PIB argentino através de cortes que vão recair no Estado. Além do ajustamento fiscal, Javier Milei anunciou ainda o fim da emissão monetária.

“Infelizmente, tenho de repetir: não há dinheiro. A conclusão é que não há alternativa ao ajustamento e não há alternativa ao choque”, disse Milei.

Sobre a inflação, Javier Milei alertou que esta pode atingir 15.000% ao ano caso não seja controlada. Por isso mesmo, o novo Presidente da Argentina comprometeu-se a “lutar com unhas e dentes” para a erradicar e trazer algum alívio aos cidadãos.

“É nossa prioridade máxima fazer todos os esforços para evitar essa catástrofe, que levaria a pobreza para mais de 90% e a miséria para mais de 50%”, insistiu. Atualmente, mais de dois quintos da população argentina já se encontra na pobreza.

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