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Presidente do Portugal Inovação Social: “O setor social não trabalha em geral em rede”

Filipe Almeida faz um balanço positivo dos apoios à inovação social, contabilizando 320 projetos e 34 milhões de euros de financiamento aprovado. Mobilização de recursos é obstáculo que está a ser ultrapassado, diz.
22 Agosto 2019, 07h37

O Portugal Inovação Social tem como objetivo promover a inovação social e dinamizar o mercado de investimento social em Portugal, mobilizando cerca de 150 milhões de euros do Fundo Social Europeu, no âmbito do Portugal 2020. O presidente da estrutura, Filipe Almeida, faz um balanço positivo dos últimos dois anos, mas reconhece que a carga administrativa associada a projetos “não raras vezes é desproporcionada em relação à capacidade” das pequenas organizações.

Que balanço faz do apoio aos projetos de inovação social no último ano?
Faço um balanço muito positivo. Há três anos, ainda não tínhamos sequer concursos fechados, não tínhamos nenhum projeto aprovado e havia ainda uma grande incerteza sobre a eficácia deste modelo de financiamento inovador que estamos a experimentar em Portugal.
Passados estes dois anos, já temos 320 projetos aprovados, cerca de 34 milhões de euros também de financiamento aprovado, aos quais se acrescentam mais 13 milhões de euros de investimento social em instituições públicas e privadas, que se juntaram a nós como co-investidores e financiadores destes projectos. Portanto, o balanço é muito positivo.

O que é que explica esse sucesso?
Por trás destes números estão centenas de investidores sociais, centenas de empreendedores sociais, centenas de parcerias criadas entre investidores e empreendedores e centenas de milhares de pessoas que estão a ser beneficiadas com estes projetos. Cada um deles propõe uma ideia criativa, diferenciada, original para responder a um problema social.
Desse ponto de vista, temos um mosaico imenso de problemas sociais, com respostas inovadoras que estão a ser experimentadas com estes projetos. Passados estes dois anos, não tenho dúvidas nenhumas em dizer que esse mercado emergente está muito vibrante, existem muitas parcerias, muita disponibilidade. Não só estou convencido que [os empreendedores] vão influenciar até políticas públicas no futuro, como vão servir de referência para projectos noutros países.

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