2020 foi um ano no qual todas as organizações, ou quase todas, tiveram de reagir a uma pandemia, algo inesperado por todos. Este acontecimento, pela sua natureza imprevisível, forçou as empresas a reagir e a tomarem decisões em dias, que provavelmente iriam levar semanas, meses ou anos. Algumas das quais foram tomadas sem a devida análise, sem olhar a opções, a custos e sem sustentação em termos de futuro para a organização.

Este ano, 2021, é o momento de agir, de criar as bases de forma sólida, as que não foram possíveis criar em 2020 e garantir que os programas de transformação digital e organizacional que foram iniciados à pressa, obtêm os devidos alicerces.

Os desafios que as organizações enfrentam continuam a ser imensos e com várias origens. Desde a segurança, à produtividade, compliance e eficiência, todos eles com impacto financeiro direto nas contas.

Ao nível da segurança, num ambiente de negócios agressivo que vivemos, temas como a fraude, não podem mais ser vistos com um mero risco de fazer negócio, pois os custos inerentes à fraude estão a aumentar e as consequências de uma gestão de fraude ineficiente podem ser significativas.

No campo da produtividade, quando as empresas não o são, acabam por falhar na análise do que está a matar a produtividade. A execução de atividades manuais e repetitivas consomem demasiado tempo e complicam o foco em atividades de valor e centradas em cliente.

Compliance, o ambiente regulatório em que muitas das organizações opera, traduz-se em incerteza, indefinição e uma elevada preocupação. Políticas financeiras, energéticas ou ambientais incertas causam estragos em quase todas as indústrias.

Por fim, a eficiência, a existência de silos e sistemas legados complicam os processos de trabalho que se querem ágeis, bloqueando as operações. Em média as organizações perdem 20% a 30% da receita anual por falta de eficiência nos seus processos de trabalho.

O ano de 2021, tem de ser o ano de agir, para aproveitar todo um ecossistema digital que cada vez é mais poderoso e consegue chegar de forma mais assertiva e focada aos clientes. Tem de ser o ano da aposta ou consolidação da transformação digital da organização. O ano em que um tema simples e de elevado retorno como a automação de processos (RPA – Robotic Process Automation), é o driver para acelerar ou iniciar a transformação digital. Uma sondagem recente da “The Economist”, perguntou a líderes de negócio como começava a transformação digital dentro da organização, ao qual 81% responderam que seria através da automação.

Para o sucesso, e, em alguns casos, até mesmo a sua sobrevivência, as organizações têm de colocar a tecnologia e o negócio de braço de dado e lado a lado numa estratégia e numa visão comum.