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Primeiro-ministro mentiu à Rainha sobre suspensão do Parlamento? Boris Johnson diz “que não”

Depois do tribunal da Escócia ter acusado o primeiro-ministro de enganar a Rainha Isabel II de um“propósito impróprio de impedir o Parlamento”, Boris Johnson vem agora negar as acusações afirmando que o tribunal do Reino Unido está do seu lado.
12 Setembro 2019, 14h15

Depois do Tribunal de Escócia ter acusado o primeiro-ministro de enganar a rainha com o “propósito impróprio de impedir o Parlamento”, Boris Johnson vem agora desmentir as acusações. “Obviamente que não”, afirmou.

De acordo com o The Guardian, esta quinta-feira, o primeiro-ministro britânico garante que não mentiu à rainha Isabel II para obter a suspensão do Parlamento e afirma que o tribunal do Reino Unido está do seu lado. “O Tribunal superior do Reino Unido concorda inteiramente connosco”, continuou o chefe do Governo britânico, em declarações aos jornalistas. “Mas o Supremo Tribunal terá que decidir. Precisamos de um discurso da Rainha, precisamos de continuar e fazer todo o tipo de coisas a nível nacional”.

O Supremo Tribunal Civil da Escócia acusou, esta quarta-feira, Boris Johnson de ter enganado a rainha com o “propósito impróprio de impedir o Parlamento”. Três magistrados do tribunal consideraram ainda que a suspensão do Parlamento é ilegal, pois “visa obstaculizar o Parlamento”.

O primeiro-ministro afirmou ainda que espera ser possível assinar um acordo com o Parlamento depois da cimeira em Bruxelas, que está agendada para o próximo dia 17 e 18 de outubro. “Tenho muita esperança de que vamos conseguir um acordo na cimeira crucial. Estamos a trabalhar muito com vista a esse objetivo, tenho visitado também muitas capitais europeias para discutir este assunto com os nossos amigos”, insistiu.

O governante já anunciou que vai recorrer para o Supremo Tribunal, que tomará uma decisão na próxima terça-feira. Esta não é a primeira vez que Boris Johnson é acusado de ter mentido no âmbito do processo do Brexit. Em maio, o primeiro-ministro britânico foi intimado a comparecer em tribunal por alegadamente ter “mentido e enganado a opinião pública” durante a campanha para o referendo sobre a saída do Reino Unido na UE, em 2016.

Em causa esteve uma frase sobre os custos do Brexit colocada num autocarro da campanha, que referia que fazer parte da UE custava aos britânicos 350 milhões de libras (391 milhões de euros) por semana.

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