O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) gerou um aumento de 28% do número de reclamações, comparativamente com o mesmo período de 2021, sendo que 85% destas tiveram origem nos problemas com atendimento, revela esta terça-feira, 14 de junho, o Portal da Queixa (PdQ).
A diminuição das restrições relativas à pandemia de Covid-19 catalisou o sector do turismo e, como consequência, a chegada de passageiros ao aeroporto de Lisboa voltou a disparar, estando já perto dos níveis registado em 2019.
No entanto, numa altura em que o papel do SEF está sob reflexão, o número de queixas contra a entidade aumentou 28%, precisamente devido às dificuldades em manter o normal funcionamento do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.
As dificuldades registadas na marcação, remarcação, agendamento e outras formas de contacto com o SEF, são o principal motivo de reclamação, correspondente a 85% das queixas registadas no PdQ. Tudo isto teve como reflexo a dificuldade de renovação ou emissão dos títulos de residência, segundo 50% das queixas apresentadas. Já 24% das reclamações correspondem aos atrasos nos envios de documentos a cidadãos estrangeiros.
A página do SEF no Portal da Queixa traduz a insatisfação dos consumidores que procuram o serviço, dado que apresenta um ‘Índice de Satisfação’ de apenas 15.1 pontos em 100 possíveis. Nos últimos 12 meses, o desempenho do SEF corresponde a uma taxa de resposta cifrada em 13.6% e uma taxa de solução de 14.4%.
“Inevitavelmente, a falta de resposta do SEF às reclamações gera uma reputação negativa do serviço, mesmo com o Portal da Queixa a oferecer todas as suas funcionalidades de forma gratuita para as entidades públicas, a fim de promover a confiança nos serviços públicos”, sublinha o Portal da Queixa.
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