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Processo de redução da inflação para 2% “está praticamente concluído”, diz BCE

O economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane, disse hoje que o processo de reduzir a inflação para os 2% está praticamente concluído, apesar de continuarem a existir pontos de pressão.
FILE PHOTO: European Central Bank (ECB) President Christine Lagarde gestures as she addresses a news conference on the outcome of the meeting of the Governing Council, in Frankfurt, Germany, March 12, 2020. REUTERS/Kai Pfaffenbach
24 Junho 2025, 18h10

O economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE), Philip Lane, disse hoje que o processo de reduzir a inflação para os 2% está praticamente concluído, apesar de continuarem a existir pontos de pressão.

“Embora a inflação global esteja atualmente próxima da meta, a inflação dos serviços ainda tem um longo caminho a percorrer”, afirmou hoje Lane numa conferência em Londres.

“Ainda assim, houve progressos suficientes na redução da inflação para a meta [de 2%] para considerar que este desafio à política monetária está praticamente concluído”, acrescentou, citado pela Bloomberg.

Esta análise do BCE permite à instituição adiar novas reduções das taxas de juro diretoras, agora nos 2,0%, depois de oito reduções desde junho de 2024.

As perspetivas do organismo enfrentam, no entanto, riscos, dados os impactos das tarifas dos Estados Unidos da América e dos conflitos no Médio Oriente, sendo que as negociações entre o executivo norte-americano e a União Europeia (UE) têm um prazo de 09 de julho.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, disse na segunda-feira que com as taxas nos níveis atuais, o banco está numa boa posição para lidar com a incerteza, tendo reconhecido que as tensões no Médio Oriente são uma preocupação, dada a possibilidade de obstrução do abastecimento de energia e uma agitação dos preços.

Agora, Lane registou que a tarefa de desinflação foi substituída por um novo conjunto de desafios que deve assegurar que o objetivo a médio prazo está protegido de fatores que incluem “alta incerteza” sobre o futuro do comércio internacional, refere a Bloomberg.

“Acho que a volatilidade, em parte, está relacionada com a incerteza das políticas sobre o futuro do sistema comercial internacional”, acrescentou, apontando para a possibilidade de um conjunto mais amplo de barreiras não tarifárias, um entrelaçamento mais profundo das políticas económicas e de segurança e possíveis revisões ao tratamento dos investidores estrangeiros.

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