[weglot_switcher]

Processo “Hells Angels”: detidos dois portugueses no Algarve

Numa enviada à imprensa o Ministério Público informa que os dois cidadãos foram presentes a tribunal esta quinta-feira, tendo saído em liberdade, mas com obrigação de se apresentarem periodicamente na esquadra de polícia da sua área de residência.
1 Fevereiro 2019, 11h00

A Polícia Judiciária (PJ) deteve dois portugueses na sequência do processo “Hells Angels”. Os dois cidadãos foram detidos na passada quarta-feira, no Algarve, na sequência de diligências levadas a cabo pela PJ, segundo informa o Ministério Público, numa nota enviada à imprensa esta sexta-feira.

Os dois elementos associados à organização “Hells Angels Motorcycle Club” tinham mandados de detenção em seu nome e já foram ontem presentes ao juiz do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa.  Em causa estão factos suscetíveis de integrar a prática dos crimes de associação criminosa, homicídio qualificado, na forma tentada, roubo, ofensas à integridade física graves, ofensas à integridade física qualificadas e detenção de armas proibidas.

Após o interrogatório judicial o juiz acabou por decretar liberdade aos dois arguidos, sob as seguintes medidas de coação: “o dever de apresentações periódicas no posto policial da área de residência, proibição de ausência para o Estrangeiro e de contactos com coarguidos, bem como de participarem em eventos motard e de exercício da profissão de segurança privada”, informa o Ministério Público.

A 11 de julho de 2018, uma megaoperação contra o grupo de motards, com 55 mandados de detenção e 80 de buscas, resultou em 58 detenções. Nessa altura, e em comunicado, a PJ referiu que em causa estão “atividades ilícitas desenvolvidas em território nacional pela organização Hells Angels Motorcycle Club” e que a operação desenvolvida visava “o completo desmantelamento” desta “violenta associação criminosa”.

As detenções realizadas referem-se, de acordo com a Polícia Judiciária, a “suspeitos de integrarem esta estrutura criminosa, constituída por indivíduos extremamente perigosos, com vastos antecedentes criminais e larga experiencia na área da criminalidade violenta e organizada”.

Uma semana depois, a 18 de julho, o juiz decretou que dos 58 detidos ouvidos em tribunal, 39 ficaram em prisão preventiva, com apresentações periódicas às autoridades para os restantes.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.