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Procura continuará a superar oferta de talento qualificado em 2026 em vários setores estratégicos

O mercado de trabalho em Portugal manterá, no próximo ano, a tendência de crescimento consistente, embora persista o desequilíbrio entre a procura e a oferta de profissionais qualificados. Engenharia e Tecnologias de Informação são críticos. Esta é uma das conclusões do estudo anual da empresa de ‘executive search’ Michael Page que o JE avança em primeira mão. Em análise estão 16 sectores de atividade.
OCDE
9 Outubro 2025, 07h00

O que se pode esperar do mercado de trabalho em 2026? Num contexto em que a Inteligência Artificial (IA) está a transformar a forma de trabalhar e o Governo tem em marcha uma reforma laboral contestada por vários sectores da sociedade, o Jornal Económico avança em primeira mão as conclusões do estudo da Michael Page sobre tendências do mercado de trabalho para o próximo ano.

O estudo da Michael Page é realizado com base numa análise empírica de várias fontes: base de dados, perfis de candidatos e clientes e publicação de anúncios na imprensa e na internet sobre os 16 setores analisados. O estudo reflete as tendências do mercado de trabalho de quadros médios e superiores em grandes empresas e não a média geral do mercado português.

A principal conclusão é de que o mercado de trabalho português mantém-se “exigente e competitivo”, com a procura por talento qualificado a superar a oferta em diversos setores estratégicos. O estudo antecipa igualmente contextos em que o uso estratégico de dados, o desenvolvimento de competências digitais e a gestão de talento em ambientes cada vez mais globais e colaborativos são tendências.

“Num contexto laboral marcado pela instabilidade a vários níveis, os profissionais assumem um papel cada vez mais ativo na definição do seu percurso, valorizando não apenas a componente salarial, mas também flexibilidade, oportunidades de desenvolvimento, cultura organizacional sólida e propósito nas funções que desempenham. Do lado das empresas, a atração e retenção de talento afirmam-se como desafios centrais, exigindo políticas de gestão de pessoas mais inovadoras, transparentes e alinhadas com as novas expetativas do mercado”, sintetiza Álvaro Fernández, diretor-geral da Michael Page.

 

Tendências para os 16 sectores, de acordo com a Michael Page

1. Banking 

As funções de risco, compliance e controlo interno estão entre as mais procuradas, não apenas pela crescente complexidade regulatória, mas também pela necessidade de mitigar riscos operacionais e reputacionais. A escassez de talento qualificado nestes domínios intensifica a competitividade entre instituições e valoriza significativamente estes perfis. Paralelamente, há maior procura de profissionais em contabilidade, controlo financeiro e controlo de gestão, funções que asseguram fiabilidade na informação e apoio à decisão.

Os candidatos privilegiam sobretudo propostas salariais competitivas, modelos de trabalho flexíveis e projetos com impacto tangível.

Como tendência salarial, para a função de corporate finance a remuneração pode situar-se entre 25 mil a 84 mil euros, e um diretor de agência até 50 mil euros, enquanto um responsável financeiro pode auferir até 70 mil euros e a função de head of marketing até 55 mil euros. A nível salarial, deverá manter-se a estabilidade em 2026, com um crescimento dos benefícios sociais para atrair e reter o talento.

 

2. Customer Service

O sector em Portugal está em profunda transformação, impulsionada pela automação e pela adoção de inteligência artificial, com foco na crescente valorização da experiência do cliente. As organizações implementam soluções que permitem automatizar processos, antecipar necessidades e responder de forma rápida, eficaz e personalizada. Assistentes virtuais e agentes de IA têm agora capacidade para gerir interações complexas.

Modelos híbridos e remotos são valorizados tanto por candidatos como por empresas. As empresas procuram profissionais que combinem competências digitais, domínio de idiomas e forte orientação ao cliente, mas as soft skills, como empatia, escuta ativa e comunicação eficaz, continuam a ser determinantes para o sucesso.

Como referência salarial, nas empresas de grande dimensão e multinacionais, a função de customer service specialist, pode ganhar até 21,500 mil euros por ano, operador de backoffice (português), até 17 mil euros enquanto para uma língua nórdica pode ascender aos 42 mil euros. Para a função de contact center manager, o plafond máximo pode ir até aos 95 mil euros.

 

3. Engineering & Manufacturing.

A transformação digital e os investimentos em energias renováveis impulsionam os sectores mais dinâmicos, como data centers e automação industrial. Por outro lado, a indústria extrativa e parte da manufatura tradicional mantêm-se estagnadas.

A escassez de talento qualificado continua a ser uma questão central, com procura acentuada por perfis técnicos e operacionais. Engenheiros de processo, gestores de produção, project manager, responsáveis de manutenção e especialistas em automação e digitalização industrial estão entre os profissionais mais requisitados, enquanto as empresas lutam para atrair e reter esses recursos, num contexto de desemprego reduzido. Esta escassez desafia as políticas de recursos humanos, que, além de salários competitivos, precisam de oferecer novas formas de flexibilidade e oportunidades de desenvolvimento profissional para responder às expectativas de uma nova geração de colaboradores.

Nesta área, como indicação, os valores para a função de diretor geral podem variar entre os 110 mil a 170 mil euros, e o diretor de operações pode auferir até 92 mil euros.

 

4. Finance

A área financeira em Portugal continua a evoluir, refletindo um mercado cada vez mais complexo e especializado. Profissionais analíticos e orientados para o negócio assumem um papel central.

As organizações procuram, hoje, profissionais que combinem conhecimentos técnicos sólidos, elevada capacidade analítica, espírito crítico e domínio de ferramentas tecnológicas, capazes de traduzir números em decisões estratégicas e de contribuir para uma gestão mais ágil e informada. Este perfil híbrido é essencial para enfrentar os desafios atuais do setor, fomentar a inovação e assegurar que a análise de indicadores financeiros se articule de forma consistente com a definição da estratégia de negócio e com os objetivos de crescimento da empresa.

Os níveis salariais aumentaram neste último ano. No topo da tabela de remuneração, o diretor financeiro pode auferir até 160 mil euros enquanto o responsável financeiro aufere até 90 mil euros e para a função de controller financeiro até 50 mil euros.  A função de contabilista certificado tem o teto máximo de 60 mil euros.

 

5. Healthcare & Life Sciences

Este sector em Portugal mantém um crescimento constante em 2025, refletindo a robustez e a relevância das suas áreas de atuação. As funções de comercial e marketing continuam entre as mais procuradas, com posições como brand manager sénior, diretores comerciais e key account managers a desempenharem um papel central no desenvolvimento estratégico do negócio.

Os recrutadores valorizam candidatos com forte capacidade de adaptação, pensamento crítico e visão estratégica, essenciais para responder a um mercado em constante evolução. Formação complementar, como MBA ou PhD, constitui um diferencial, assim como fortes competências relacionais e perfil de liderança, cada vez mais exigidos para funções de responsabilidade.

Em termos salariais, não se verificam alterações relativamente a 2024. No topo da tabela de remuneração, o perfil de business unit manager/diretor pode auferir até 150 mil euros. Segue-se o de sales & marketing manager até 93 mil euros e sales manager até 82 mil euros.

 

6. Hospitality & Leisure

O sector da hotelaria em Portugal mantém-se como um dos principais motores da economia, impulsionado não apenas pela expansão de unidades, mas também pela diferenciação da oferta e pela sofisticação crescente das estruturas.

A área operacional permanece no centro do recrutamento, exigindo investimento contínuo em formação interna, valorização salarial e planos de progressão, garantindo retenção de talento e excelência na execução. Paralelamente, funções estratégicas como IT, marketing e expansão assumem relevância crescente, refletindo a profissionalização do setor e a complexidade das operações.

Num sector em que 38% considera o salário/incentivos como o fator mais relevante da decisão de aceitar um novo desafio, a nível de remuneração, um diretor geral de operações pode auferir até 95 mil euros na zona do Porto e um diretor de hotel até 105 mil euros, na zona de Lisboa. Um chef pode auferir até 98 mil euros.

 

7. Human Resources

Os Recursos Humanos são um motor estratégico da sustentabilidade e competitividade das organizações portuguesas.

O salário base já não é o único fator decisivo. Os profissionais valorizam cada vez mais benefícios extrassalariais, como teletrabalho, planos de saúde, viatura de serviço ou esquemas flexíveis de compensação. Esta tendência obriga as organizações a repensar pacotes de remuneração e a alinhar as propostas de valor às expectativas dos colaboradores. Nesse contexto, cresce a especialização dos departamentos de RH, com a criação de áreas de compensation & benefits e contratação de profissionais especializados.

Observa-se um ligeiro aumento salarial nos perfis técnicos generalistas, enquanto os cargos de middle management e direção mantêm estabilidade em termos salariais, embora a valorização de benefícios adicionais seja cada vez mais consistente. Paralelamente, aumenta a procura por perfis versáteis, com visão estratégica, competências digitais e capacidade de atuar como parceiros de negócio.

Relativamente à remuneração, nas grandes empresas e multinacionais, um diretor de RH pode auferir entre 54.600 mil a 120 mil euros, enquanto numa PME e empresa nacional o salário oscila entre os 35 mil a 70 mil euros.

 

8. Information Technology

O mercado de IT (Tecnlogias de Informação) em Portugal mantém uma tendência de crescimento consistente, embora persista um desequilíbrio entre a procura e a oferta de profissionais qualificados.

As organizações procuram cada vez mais candidatos com competências tecnológicas especializadas, mas também com conhecimento aprofundado das áreas de negócio associadas, permitindo alinhar a tecnologia com os objetivos estratégicos das empresas.

No que respeita a perfis com menor experiência, continua a ser valorizado um background académico sólido, garantindo a base necessária para evoluir num setor em rápida transformação. A digitalização contínua intensifica a procura por profissionais nas áreas de cyber Segurança, IoT, cloud, CRM, ERP, machine learning, AI e Big Data, reforçando a importância de perfis capazes de responder a desafios tecnológicos complexos.

Neste setor observa-se algum descontentamento relativamente aos salários; cerca de 50% dos profissionais sentem que não são pagos de forma justa pela função que desempenham. Como referência, um chief tecnology officer (CTO) pode auferir anualmente até 140 mil euros, um chief information officer (CIO) entre 80 mil euros a 120 mil euros e um IT manager até 100 mil euros.

 

9. Insurance

Ao longo de 2025, o setor de seguros em Portugal tem registado uma crescente procura por perfis especializados, especialmente nas áreas de consolidação, reporting, contabilidade e planeamento e controlo de gestão.

O modelo híbrido de trabalho tornou-se dominante, sendo também a preferência mais procurada pelos candidatos neste setor. No segmento dos corretores, o mercado apresenta uma consolidação através de operações de M&A, implicando redistribuição de funções e integração de novos FTE’s.

A título de exemplo, as remunerações para funções técnicas como a de Gestor de Sinistros começam nos 21 mil euros (na zona do Porto) até 68 mil para o atuário sénior na zona de Lisboa. Nas funções de negócio, um diretor comercial rede de mediadores pode auferir até 57 mil euros, na zona de Lisboa.

 

10. Logístics & Supply Chain

A procura por profissionais neste setor mantém-se elevada em 2025, refletindo a complexidade crescente dos fluxos logísticos e a necessidade de maior resiliência nas cadeias de abastecimento. Esta dinâmica é particularmente evidente em setores como Retalho, FMCG, Indústria e Saúde. A escassez de talento qualificado continua a ser um desafio central, com a procura a superar a oferta de profissionais especializados.

Os perfis mais procurados situam-se no middle management, incluindo funções como responsável de logística e armazém, responsável de supply chain e comprador sénior. Há também uma crescente procura por posições de top management, com ênfase em perfis estratégicos como diretor de logística, diretor de supply chain, diretor de operações e diretor de compras, cada vez mais envolvidos na transformação digital e na sustentabilidade das cadeias de valor.

O salário é apontado como o aspeto principal por cerca de 29% dos profissionais quando procuram emprego neste setor. Relativamente à remuneração, a progressão salarial constante, baseada em desempenho é uma tendência. Na área de supply chain, a função de supply chain analyst pode auferir até 28 mil euros e um diretor de compras (procurement director) até 110 mil euros, enquanto na área de Logística, o plafond de remuneração máximo de 80 mil euros cabe ao cargo de diretor.

 

11. Property & Construction

A escassez de mão de obra qualificada, aliada ao aumento do número de projetos, tem conduzido a ajustes salariais ascendentes, tendência que se observa desde 2021. Para 2026, caso o dinamismo se mantenha, espera-se uma nova valorização salarial, especialmente nos perfis com maior procura.

Os perfis mais procurados estão, sobretudo, ligados à produção do lado dos empreiteiros, incluindo diretores de obra, encarregados gerais, preparadores de obra e orçamentistas, onde a competência técnica, orientação para a solução e capacidade relacional são essenciais. Do lado dos promotores, destaca-se a procura por gestores de projeto, property managers e gestores pós-venda, cujas funções requerem planeamento estratégico, coordenação eficaz e forte capacidade de relacionamento.

No que diz respeito a salários, um diretor geral pode auferir até 110 mil euros, e nas funções mais procuradas, um diretor de obra pode ganhar até 60 mil euros e o encarregado de obra cerca de 50 mil euros.

 

12. Retail

O sector continua a evidenciar a sua complexidade e dinâmica em 2025.

Hoje, o Retalho exige competências, visão e agilidade e, sem uma base operacional sólida, a inovação e a estratégia não se concretizam plenamente. Acresce que o cliente valoriza cada vez mais a experiência 360º, incluindo produto e serviço, exigindo que as empresas repensem processos, formação e trabalhem a motivação das equipas.

Apesar dos ajustes salariais, a retenção depende da capacidade das empresas em equilibrar exigência, perfil e qualidade de vida. Horários prolongados e trabalho ao fim de semana continuam a afastar talentos valiosos, sendo urgente pensar numa solução.

Relativamente à remuneração, nas funções de compras, o retail manager pode ganhar entre 56 e 84 mil euros, enquanto nas funções de operações no retalho alimentar e especializado de grande dimensão, a remuneração máxima de 105 mil euros cabe ao diretor comercial de retalho. Nas funções de operações na área da restauração, o diretor pode auferir até 84 mil euros. No retalho de luxo, para a função de store manager em Lisboa, o valor pode atingir os 80 mil euros.

 

13. Sales & Marketing

O recrutamento nas áreas comerciais tem evoluído, passando de perfis centrados em competências tradicionais de vendas para perfis mais completos, que combinam competências técnicas, digitais e analíticas e elevada capacidade de adaptação a um mercado cada vez mais competitivo e volátil. A globalização dos mercados exige profissionais aptos a atuar em contextos internacionais, enquanto a digitalização acelerada redefine os canais de venda e o relacionamento com os clientes, exigindo rápida adaptação das empresas e profissionais.

Os candidatos valorizam cada vez mais fatores que vão além do salário. A flexibilidade, incluindo horários flexíveis e regimes híbridos ou remotos, assume crescente relevância, particularmente entre as gerações mais jovens.

Nas funções de marketing e comunicação generalistas, um diretor de marketing pode auferir até 85 mil euros e um diretor de comunicação 72 mil euros, enquanto nas funções ligadas ao marketing digital, o head of digital pode auferir até 80 mil euros. No digital, o plafond máximo é de 110 mil euros para a função de diretor de e-Commerce.

 

14. Shared Services Centres (SSC)

O sector encontra-se em transformação em Portugal, impulsionado pelo sucesso e maturidade dos players estabelecidos. A procura por talento qualificado mantém-se elevada, dando origem a projetos de recrutamento de grande dimensão. Perfis com percurso académico sólido, experiência em ambientes internacionais e fluência em línguas estrangeiras são especialmente valorizados. Além disso, os candidatos demonstram uma mudança clara de expectativas, atribuindo maior importância ao propósito, à personalização da experiência profissional e à possibilidade de trabalho remoto.

A atração e retenção de talento continua a ser um desafio central, sobretudo em funções que exigem competências linguísticas, onde se tem verificado uma subida expressiva dos salários. As empresas que se diferenciam são as que combinam pacotes competitivos com propostas de valor ajustadas às motivações individuais dos profissionais.

A Michael Page observa um aumento na remuneração das funções, com destaque para o manager (head of SSC / head of GBS) pode atingir os 160 mil euros, accounts payable manager até 65 mil euros, purchase-to-pay team leader até cerca de 45 mil euros, enquanto um especialista purchase-to-pay pode auferir cerca de 32 mil euros.

 

15. Tax & Legal

O sector jurídico mantém-se dinâmico em 2025, com as sociedades de advogados a liderarem o volume de recrutamento, sobretudo em perfis juniores recém-agregados até cinco anos de experiência.

A procura por perfis seniores mantém-se estável em áreas de maior complexidade, como contencioso, direito público, corporate/M&A, fiscal e urbanismo. Do lado das empresas, os perfis generalistas continuam a ser valorizados, mas cresce a procura por especialistas em imobiliário, bancário e financeiro, fiscalidade, compliance, proteção de dados e ESG, em linha com a evolução regulatória europeia. Em paralelo verifica-se dinâmica na procura internacional por advogados portugueses, em particular no Reino Unido, Luxemburgo e EUA.

Na consultoria fiscal a rotatividade mantém-se elevada, em especial entre perfis juniores, que tendem a transitar para cliente final em busca de maior estabilidade, pacotes remuneratórios competitivos, equilíbrio e percursos de carreira mais estruturados.

Como exemplos de remuneração nas sociedades de advogados, um advogado associado com quatro a sete anos pós agregação ronda os 42 mil euros como teto máximo, enquanto um advogado com mais de 10 anos pode auferir até 84 mil euros.

 

16. Secretarial & Business Support

Nos últimos anos, tem-se assistido a uma crescente especialização nos perfis de Assessoria, refletindo as exigências das organizações modernas. Multinacionais procuram profissionais altamente diferenciados, capazes de aliar uma visão estratégica da organização a uma compreensão abrangente dos negócios, assumindo um papel cada vez mais relevante no suporte à gestão.

Nos perfis de cariz departamental, mantém-se a forte necessidade de candidatos com domínio avançado de ferramentas como o Excel. A língua inglesa deixou de ser uma condição preferencial para se tornar obrigatório, estando presente em cerca de 90% dos processos de recrutamento. Ganha também destaque a procura por profissionais com competências técnicas robustas, complementadas por formação académica especializada na área do departamento onde irão atuar.

Nos perfis executivos, especialmente em funções de apoio à administração, comissões executivas e C-level, é cada vez mais comum que os candidatos tenham formação de base em Gestão ou Direito, frequentemente complementada por formações executivas ou MBAs. Este percurso permite reunir competências técnicas e estratégicas de elevado nível, adequadas ao apoio a decisores de topo. Além disso, valorizam-se de forma crescente as soft skills, entre as quais a capacidade de comunicação, a proatividade e a resiliência em contextos de forte pressão.

Já nas empresas de menor dimensão, observa-se uma realidade distinta: privilegiam-se perfis mais transversais, com capacidade para desempenhar uma maior diversidade de funções e oferecer respostas flexíveis às necessidades do negócio.

Quanto a remunerações observa-se um aumento dos valores salariais. Perfis qualificados como o de secretária de CEO e secretária de presidência podem auferir o valor de 65 mil euros por ano, seguindo-se a secretária de administração com um máximo de 45 mil euros por ano, na zona de Lisboa. Para as mesmas funções, os valores na zona do Porto são de 56 mil euros (CEO e presidência) e 44.800 mil euros para a secretária de administração.

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