A produção de eletricidade a partir de carvão recuou 95% no primeiro semestre deste ano em Portugal face a período homólogo.
Esta foi a maior queda percentual na União Europeia, segundo o estudo realizado pelo think tank Ember, sediado em Londres.
As duas centrais a carvão do país estão praticamente paradas desde o início do ano: a de Sines da EDP, e a do Pego detida pela Tejo Energia, que conta como acionistas a Trustenergy e a Endesa.
A EDP anunciou recentemente que pretende encerrar a central a carvão de Sines até janeiro de 2021, mas a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) ainda tem de dar luz verde para a central encerrar nesta data. Já a central detida pela Tejo Energia tem o encerramento previsto até ao final de 2021.
Em Espanha, a queda foi de 58%, com Holanda e França a registarem reduções acima de 50%, e a Grécia a registar uma queda de 48%.
Países onde a produção de carvão tem habitualmente um grande peso também registaram quedas: Polónia (-12%), República Checa e Bulgária (ambas com -20%) e Roménia (40%).
Em termos absolutos, a Alemanha registou a maior queda, com a produção a carvão a cair 311 terawatts hora (-39%).
Olhando para o quadro global na União Europeia, a produção de energias renováveis subiu 11% no primeiro semestre, devido ao aumento da capacidade instalada de energia solar e eólica.
Já a produção a partir de energia fóssil caiu 18% em toda a UE, devido ao aumento de produção de renovável e a queda de 7% na procura devido à pandemia da Covid-19, apontam os analistas da Ember.
Entre estas fontes, o carvão registou a maior queda, com menos 34%, com o gás a cair 6%, e a lignite a recuar 29%. No geral, as emissões de CO2 com origem no setor energético recuaram 23%.
https://jornaleconomico.pt/noticias/edp-vai-fechar-central-a-carvao-de-sines-em-janeiro-de-2021-612952
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