O Fórum para a Competitividade considera “interessante” que a revisão em alta do PIB dos últimos anos decorra de um crescimento mais acentuado do investimento. Mas alerta que, mesmo com a alteração estatística anunciada no início da semana pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), os valores da produtividade continuam “muito insatisfatórios”.
Na segunda-feira, no âmbito de uma revisão regular das bases de cálculo do PIB, o INE reviu em alta o crescimento da economia nacional nos últimos três anos. As alterações metodológicas do organismo de estatística colocaram o PIB a crescer 2,4% em 2018, mais três décimas do que os dados divulgados em fevereiro. A revisão em alta foi ainda maior para os dados de 2017, com o PIB a expandir 3,5%, mais sete décimas do que os 2,8% estimados. Também relativamente a 2016 os dados foram revistos, mas em apenas uma décima, para 1,9%.
O Fórum para a Competitividade encara os novos valores com prudência, numa análise publicada esta sexta-feira. “Uma das primeiras implicações desta revisão em alta do PIB é sobre a produtividade, que aumentou, sendo interessante que isso decorra de uma revisão em alta do investimento”. Mas “os novos valores do crescimento da produtividade “estão longe de ser satisfatórios”, refere a associação presidida por Pedro Ferraz da Costa.
“Entre 2016 e 2018, a produtividade cresceu 0,3%, -0,5% e -0,2%, revistos para, respetivamente, 0,4%, 0,2% e 0,1%, valores baixíssimos, o que significa que pouco mudou e que os novos valores continuam muito insatisfatórios”, refere a nota do Fórum, que sublinha também que se mantém o sentido da evolução do PIB que se verificava antes: aceleração em 2017 e desaceleração em 2018”.
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